RISCO DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS COMBINADOS ORAIS EM PACIENTES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

  • Autor
  • Lia de Oliveira Jereissati
  • Co-autores
  • Eduarda Medeiros Biana Lessa , Letícia Medeiros Biana Lessa , Maria Eduarda Alves Martins Ferreira , Maria Júlia Lima Lustosa da Costa Nunes , Tulius Augustus Ferreira de Freitas
  • Resumo
  • Objetivos: Revisão sobre o risco do uso de anticoncepcionais orais combinados, seus efeitos adversos e sua influência na Síndrome dos Ovários Policísticos. Métodos: Este resumo apresenta uma revisão narrativa da literatura baseada na análise de artigos científicos publicados de 2001 a 2021, no PubMed, sobre Síndrome do Ovário Policístico e Anticoncepcional Oral Combinado. Foram aplicados dois critérios, títulos que não mencionavam a associação temática e resumos que não abordavam esse tema. Após os critérios de exclusão, obteve-se um total de 12 artigos originalmente em inglês (incluindo capítulos de livros, diretrizes e relatos de casos). Resultados: A literatura revisada confirma a hipótese dos malefícios dos ACO para mulheres com fatores de risco para doenças metabólicas diversas, como HAS, DM II, hipertrigliceridemia. O estradiol endógeno, por exemplo, atua no Sistema Renina-angiotensina-aldosterona, causando elevação da PA – estudos demonstram que o risco relativo de HA sistólica aumentou 1.8 (95% CI= 1.5-2.3) nas pacientes em uso de ACO com EE. Já na DM II, o ACO não teria impacto direto sobre a síntese de glicose, portanto não auxiliaria na resistência insulínica inerente às pacientes com SOP, com isso, a World Health Organization (WHO) recomenda o uso de hipoglicemiantes para tratamento nesses casos. Ademais, esse medicamento aumenta em 40% os níveis de triglicerídeos em suas usuárias, quando associa-se a SOP, esse aumento atinge 75%, sendo um fator ainda mais exacerbante para eventos tromboembólicos. Com isso, reforça-se sua periculosidade quando prescrito às pacientes já acometidas pelos fatores de risco próprios da Síndrome. Conclusões: O uso de ACO em pacientes com SOP pode desencadear ou agravar distúrbios metabólicos. Consequentemente, a prescrição desses medicamentos deve ser individualizada e estudada com cautela, avaliando risco vs benefício, a fim de mitigar seus efeitos colaterais. Por fim, quando a paciente necessitar de um método contraceptivo e apresentar múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, recomenda-se o uso de contraceptivos isolados (progesterona sendo o único hormônio) ou contraceptivos não hormonais, com a finalidade de prevenir eventos adversos e promover um manejo seguro dos sinais e sintomas das mulheres com SOP, visando mais segurança e mais qualidade de vida.

  • Palavras-chave
  • Síndrome do Ovário Policístico, Anticoncepcional Oral Combinado, Diabetes Mellitus.
  • Modalidade
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