BRONQUIECTASIA CÍSTICA E DE TRAÇÃO: DIFERENÇAS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO

  • Autor
  • Leonardo Brasileiro Marques
  • Co-autores
  • Gabrielle Gadelha Costa , Gustavo Lopes Teixeira , Lara Vasconcelos Cavalcante , Levi Fonseca Amarante , Norma Selma Santos Costa
  • Resumo
  • Objetivo: Diferenciar a bronquiectasia cística e a bronquiectasia de tração nos achados da tomografia computadorizada de alta resolução. Metodologia: No período de setembro de 2023 foram pesquisados artigos no Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed que abordassem sobre o tema de bronquiectasia e seus achados  na tomografia computadorizada de alta resolução. Em ambas as bases de dados, buscaram-se “Cystic bronchiectasis”, “Traction bronchiectasis” e “Bronchiectasis in High Resolution Computed Tomography”, além de aplicar os filtros: “free full text” e “publicações de 2018 a 2023”. Resultados: A bronquiectasia ocorre como consequência de  doença respiratória crônica caracterizada por uma síndrome de tosse produtiva e infecções respiratórias recorrentes, com diferenças importantes entre a apresentação e a história natural da doença. A Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR) apresenta alta sensibilidade para o diagnóstico de bronquiectasia e representa um grande avanço em relação a outras técnicas existentes. A TCAR é agora a técnica  indicada  e  aceita para estabelecer o diagnóstico de bronquiectasia. O pré-requisito é a identificação da dilatação das vias aéreas, vista como um aumento da relação entre a luz interna de um brônquio e sua artéria pulmonar adjacente. A falta de afilamento normal, obstrução de muco, nódulos, espessamento da parede brônquica, padrão de “árvore em brotamento”, perda de volume pulmonar e padrão de mosaicismo são características adicionais úteis para apoiar o diagnóstico de bronquiectasia. Distorção e dilatação dos brônquios segmentares e subsegmentares, geralmente causados pela destruição do parênquima pulmonar circundante, são achados frequentes no contexto de processos fibróticos avançados secundários a doenças intersticiais, após infecções extensas ou enfisema pulmonar, e são chamadas de bronquiectasias de tração. Por sua vez, a bronquiectasia cística é uma dilatação sacular com linha de corte em balão, associada a manifestações de doença inflamatória  avançada de repetição, que pode ser rastreada quase até a pleura, caracterizando-se pela presença de imagens císticas de paredes finas, algumas vezes apresentando nível hidroaéreo em seu interior. Na bronquiectasia cística grave, a artéria pulmonar companheira pode estar obliterada. Conclusão: Diante disso, conclui-se que, para o diagnóstico de bronquiectasia, é necessária a identificação da dilatação permanente do brônquio em relação à luz da artéria pulmonar adjacente. Nesse sentido, é possível diferenciar padrões de bronquiectasias císticas e de tração por meio da TCAR. Assim, a bronquiectasia cística apresenta vários cistos periféricos de paredes finas, com ou sem níveis hidroaéreos, que tendem a agrupar-se na distribuição de um feixe broncovascular Já a bronquiectasia de tração está associada à destruição do parênquima pulmonar circundante. Além disso, as diferenças  entre bronquiectasias císticas e de tração observadas na TCAR podem ser úteis para avaliar possíveis causas.

  • Palavras-chave
  • Bronquiectasia; Tomografia; Diagnóstico por Imagem
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