ASSOCIAÇÃO DO LEVONORGESTREL COM INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIALMENTE GRAVES

  • Autor
  • Rafaelly Maria Pinheiro Siqueira
  • Co-autores
  • Rebeca Diógenes de Queiroz Nunes , Janaína da Silva Feitoza Palácio , Laísa Noronha Machado , Nathalia Maria Amaro Rocha , Josias Martins Vale
  • Resumo
  • Objetivos: Identificar e classificar as interações medicamentosas potenciais associadas ao uso de levonorgestrel e demais medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

     

    Metodologia: O presente estudo possui caráter descritivo e quantitativo. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 a 30 de setembro de 2023, após realizar uma seleção de medicamentos com princípio ativo registrado na ANVISA e aprovado para uso no território brasileiro. A plataforma drugs.com® foi utilizada para obtenção do cruzamento de informações. As análises foram classificadas conforme a natureza da interação dos fármacos em farmacocinética ou farmacodinâmica, além de ser discriminada conforme a intensidade em níveis menor ou não significante, moderado ou grave.

     

    Resultados: Do total de interações medicamentosas identificadas, 36 são classificadas como graves, 190 são moderadas e 14 são menores ou não significantes. Após exclusão dos medicamentos com princípio ativo sem autorização para uso no Brasil, por ausência de registro na ANVISA, foram identificados 14 fármacos que apresentam potencial para interação medicamentosa grave, quando usados com levonorgestrel. A análise do mecanismo envolvido nessas interações está associada a importantes alterações de características farmacocinéticas envolvendo um ou ambos os fármacos analisados, sendo mais recorrente a capacidade de indução ou inibição de enzimas hepáticas e consequente alteração no nível da concentração plasmática de um ou ambos os fármacos envolvidos. O levonorgestrel apresenta interação potencialmente grave com acitretina, bosentana, carbamazepina, felbamato, griseofulvina, micofenolato, oxcarbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, sugamadex, tizanidina, topiramato e ácido tranexâmico.

     

    Conclusões: As interações medicamentosas potencialmente graves entre levonorgestrel e demais fármacos registrados e aprovados para uso em território brasileiro podem levar a redução dos níveis plasmáticos e ineficácia do levonorgestrel. Assim, devido a potencial ineficácia contraceptiva do levonorgestrel e o potencial efeito teratogênico ou trombolítico dos fármacos associados é importante orientar a adoção de outro método contraceptivo durante a realização do tratamento medicamentoso.

  • Palavras-chave
  • interações medicamentosas, interações farmacológicas, levonorgestrel
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