Objetivos: Compreender o tratamento precoce da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) como fator essencial para reduzir comorbidades em crianças e adolescentes. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura utilizando as bases de dados PUBMED e SCIELO, com as palavras-chave Diabetes Mellitus tipo 2, Tratamento, Obesidade e Adolescente. Foram incluídos artigos publicados entre 2003 e 2023. Dentre os 10 estudos pré-selecionados, foram escolhidos 6 trabalhos que mais se adequavam ao objetivo do presente estudo. Os artigos excluídos não continham a abordagem e o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2. Resultados: O tratamento de DM2 enfrenta vários desafios, como o atraso na procura por assistência médica e o reconhecimento tardio da doença pelo pediatra. No banco de dados de coorte da Pesquisa Nacional de Sau?de e Nutric?a?o, a prevalência de pré-diabetes em jovens com obesidade foi de 30%, e suas complicações são uma das principais causas de morbidade e mortalidade em indivíduos com DM2, sendo essenciais a supervisão do ambiente alimentar e as dietas com restrição calórica adequada à idade, para melhorar a tolerância à glicose, em conjunto com terapias comportamentais, mudanças de estilo de vida e prática de exercícios físicos. Além disso, visando bom prognóstico, o diagnóstico e o tratamento da DM2 devem ser precoces, tendo como pilares a educação dos pais e dos pacientes sobre a patologia, o controle da glicemia, por meio da utilização da terapia insulínica e o tratamento das possíveis comorbidades, como síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica e apneia obstrutiva do sono, que têm alta prevalência nesses indivíduos, tornando imprescindível o acompanhamento médico regular. Com base na apresentação clínica e no curso da doença, os adolescentes, em sua maioria, não exibem queixas clínicas, mas apresentam histórico familiar positivo para a doença e hiperglicemia em exame de rotina. Na infância, deve ser feita uma triagem em pacientes com obesidade e pelo menos dois fatores de risco, como parentes de 1° ou 2° grau com DM2 e sinais de resistência à insulina, como acantose nigricans. Conclusões: Após análise das produções científicas, foi possível identificar o impacto severo da DM2 na saúde de crianças e adolescentes e a importância do tratamento precoce para diminuir as complicações. Portanto, a adoção de hábitos saudáveis e a alimentação equilibrada em conjunto com a utilização da terapia insulínica são essenciais para pacientes pediátricos com esse diagnóstico.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura