Objetivo:A prática de punção da veia subclávia no modelo sintético teve como finalidade tornar o procedimento compreensível aos estudantes a fim de estimular o conhecimento da técnica correta e da função da punção venosa.Relato de Experiência:Para a dinâmica de treinamento em punção venosa subclávia foram utilizados 5 modelos sintéticos, com a distribuição dos participantes feita em duplas, na presença de 1 instrutor, utilizando 1 modelo sintético. Em seguida, foram ensinados os pontos anatômicos para localização da veia subclávia. Orientou-se sobre as precauções necessárias para higiene do local de punção e o manuseio da agulha para punção, levando em consideração a angulação e profundidade. Após as orientações primárias, iniciaram-se as práticas, realizando o posicionamento adequado do modelo sintético. Posteriormente, foi realizada a prática de inserção da agulha, com consequente aspiração do sangue presente na artéria subclávia. O modelo foi produzido com manequins de plástico, nos quais foi feita uma abertura, que possibilitasse a passagem da agulha. Após a abertura, foi posicionado o modelo de clavícula feito de papel filme e fita adesiva, utilizada como ponto de referência para localização veia. Em seguida, foi inserido um pequeno balão, preenchido com água com corante vermelho, com a finalidade de reproduzir o sangue presente na veia. A fim de aproximar a prática da realidade, foi incorporado um balão para simular os pulmões, o qual era furado em caso de erro na localização da veia, na tentativa de simular um pneumotórax. Acima desses materiais, foi utilizado EVA para imitar a pele do paciente. Tal prática foi supervisionada por dois cirurgiões e estudantes capacitados na prática do modelo previamente, para que houvesse apoio aos participantes e possibilidade de tirar dúvidas a qualquer momento.Resultados:Práticas com modelos anatômicos na graduação configuram-se como um importante meio de aprendizagem, posto que aproxima os alunos da realidade da prática médica e confere a eles a oportunidade de treinamento. O acesso venoso central por meio da subclávia foi escolhido por proporcionar a possibilidade de ensinar sobre a sua anatomia e, ainda, para exemplificar o que a falta de precisão nesse procedimento pode gerar como consequência. Na ocasião, alguns alunos realizaram a punção no local incorreto, o que culminou na explosão do balão fixado internamente, causando, de forma figurada, um pneumotórax. A partir disso, havia uma explicação, por parte dos monitores, sobre a fisiopatologia dessa emergência, sinais e sintomas possíveis de serem apresentados pelo paciente e a intervenção necessária para o caso. É válido pontuar que a presença de cirurgiões, que são especialistas na prática da simulação em questão, corroborou para o aperfeiçoamento da técnica dos alunos que participaram da ação.Conclusão:O ensino durante a graduação de Medicina perpassa por longos períodos de aprendizagem. Assim, momentos práticos com alunos permitem a consolidação dos assuntos vistos anteriormente e os aproxima do cenário futuro que irão vivenciar nos locais de trabalho. Ademais, busca-se evidenciar a importância da participação de médicos orientadores em práticas simuladas, para que haja, além da certificação de que os procedimentos estão corretos, incremento na formação com base em suas experiências prévias.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura