Introdução: No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 a 25% do total de mulheres gestantes são adolescentes, e uma em cada cinco são adolescentes entre 14 e 20 anos de idade (SANTOS JUNIOR, 1999). Além disso, a gravidez na adolescência e o acometimento por infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) é mais comum em mulheres de baixa renda e baixa escolaridade, sendo sobrepujante a necessidade de ações interventivas e de educação para esse grupo social. A atividade consistiu em uma ação educativa sobre a importância do uso de métodos contraceptivos e da prevenção de gestações precoces para as pacientes que estavam aguardando seus atendimentos na Unidade Básica de Sandra Maria Faustino Nogueira.
Objetivo: Diante dessa situação, objetivamos aplicar métodos informativos visando promover educação em saúde sobre medidas de proteção contra IST’s e gravidez, investigar o conhecimento das pacientes da atenção básica sobre os referidos temas e descrever a epidemiologia das participantes da pesquisa. A escolha do tema foi feita tendo em vista o acometimento das mulheres por IST’s e gravidez precoce na UBS Sandra Nogueira.
Métodos: Primeiramente foi elaborado um questionário na plataforma Google Forms, contendo 20 perguntas subjetivas e objetivas sobre gravidez na adolescência, a prevalência na comunidade e famílias, o conhecimento sobre os métodos contraceptivos disponibilizados gratuitamente pelo SUS, quais deles são eficazes contra as IST’s e conhecimento sobre as IST’s mais prevalentes. Foi aplicado em pacientes realizando atendimentos eletivos e de retorno. Os critérios de inclusão foram a população feminina que estava no posto no dia da coleta de dados. Como critério de exclusão, entram os indivíduos do sexo masculino e as pessoas que negaram responder o questionário. Foram analisados os dados por meio de tabelas e gráficos para posterior interpretação dos dados quantitativos e qualitativos através do método de análise de conteúdo.
Resultados: O estudo abrangeu 47 participantes com 89,4% entre a idade de 19 a 25 anos e 61,7% com filhos, 53,3% iniciou a vida sexual no período da adolescência e 73,9% considerou-se sexualmente ativa. Cabe destacar que mais da metade (52,2%) não fazia uso de contraceptivo de nenhum tipo. Outro dado revelador foi que 45,5% das entrevistadas tiveram a primeira gravidez na adolescência ou pré-adolescência. Com estes resultados, verificou-se a necessidade de uma ação interventiva na UBS, visando apresentar os métodos contraceptivos disponibilizados pelo SUS e abordar as IST’s e principais sintomas para incentivar a prevenção e diagnóstico precoce. Posteriormente, utilizamos a abordagem interpessoal educativa e panfletos informativos.
Conclusão: Portanto, a partir dessa vivência, foi possível concluir que há carência de informação completa e assertiva para o público-alvo, além de interesse em obter orientações de fonte qualificada. Dessa maneira, o projeto foi essencial para abordar melhor essa demanda extremamente importante no contexto social, comunitário e sanitário.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura