QUEDAS E FATORES ASSOCIADOS ENTRE IDOSOS ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA: UM ESTUDO DE COORTE

  • Autor
  • Marcelo Vasconcelos Mapurunga
  • Co-autores
  • Cintia Lira Borges , Davi José Barros de Vasconcelos , Arnaldo Aires Peixoto , José Wellington de Oliveira Lima
  • Resumo
  • Objetivos: Estimar a prevalência, a incidência e os fatores associados a quedas entre idosos atendidos em uma clínica escola. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo dividido em duas fases: um seguimento transversal, entre agosto de 2016 a novembro de 2018 (N=129); e um prospectivo de agosto de 2018 a novembro de 2018 (N=66). Dados sociodemográfico foram coletados por meio de questionários semi-estruturados. Foram aplicados também os instrumentos: Questionário de Porto Alegre de Sintomas Dispépticos, Índice SOF (Study of Osteoporotic Fracture Criteria for Frailty) e Critérios de ROMA IV para constipação funcional. O desempenho físico foi avaliado por meio do teste Time up and go (TUG) e pelo teste de caminhada de 4,6 metros. A força e massa muscular foram avaliados pelo teste de pressão palmar e comprimento da panturrilha, respectivamente.  Realizaram-se análises estatísticas, entre o desfecho e as características sociodemográficas e de saúde avaliadas, a partir da Regressão Múltipla de Poisson. Resultados: A média da idade dos 129 participantes avaliados foi de 71,3 (DP:±7,95), a maioria era do sexo feminino  (72,9%), aposentados  (79,8%),  com  baixa  escolaridade  (65,9%),  que  moravam  com  o  cônjuge (48,8%) e que não praticavam atividade física (66,6%). Foi apresentado uma relação entre a maior frequência de quedas com a idade (p=0,024), ser aposentados (p=0,024), não praticar atividade física (p=0,035) e não praticar caminhada (p=0,012). No estudo  transversal,  foram associados de forma estatisticamente  significante  o  número  de quedas, a presença de hipertensão arterial sistêmica (p=0,020) e o consumo de cinco a treze medicamentos por dia (p=0,017). Evidencia-se que para cada medicamento consumido o número de queda por pessoa foi 1,1 vez maior, este aumento foi significativo (p<0,001). Também foram apresentadas associações entre a frequência de quedas com o baixo desempenho físico (p<0,001), baixa massa muscular (p=0,005) e uma associação positiva naqueles que concluíram o percurso em tempo ? 20 segundos no teste TUG (p<0,001).  A  presença  de  sintomas  dispépticos  (p<0,001)  e  de  constipação funcional  (p<0,001)  também,  demonstrou  maior  frequência  para  quedas. No estudo de coorte, a análise reforçou associação entre não ser ex-etilista (p=0,023) e ter constipação (p<0,001). Conclusão: Considera-se elevada a prevalência e incidência de quedas entre os idosos avaliados. Entre as limitações do estudo, pode-se destacar a amostra pequena e restrita, o que não permite generalizar os resultados. A presente pesquisa foi realizada com apoio da Coordenac?a?o de Aperfeic?oamento de Pessoal de Ni?vel Superior – Brasil (CAPES) e aprovada no CEP/Plataforma Brasil da Unichristus sob protocolo. O projeto foi aprovado no CEP/Plataforma Brasil da Unichristus sob o protocolo 2.757.675, emitido em 05 de julho de 2018.

  • Palavras-chave
  • Quedas; Sarcopenia; Idosos; Geriatria
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