A IMPORT NCIA DA PRESCRIÇÃO CORRETA DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO PARA DETECÇÃO PRECOCE DE INFECÇÕES PELO VÍRUS DO HIV : UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • Leticia Poti Nobre
  • Co-autores
  • Maria Luisa Brandão Cunha , Pedro Sales Pereira Gondim , Raquel Távora Barroso , Vitor Olímpio Coimbra , Maria das Graças Rafaela Mesquita Teixeira
  • Resumo
  • Introdução: No Brasil, a epidemia de HIV se concentrada em algumas populações-chave, que respondem pela maioria dos casos novos da infecção pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens, pessoas transgênero e trabalhadores do sexo. Desta forma, além das medidas comportamentais e físicas de prevenção,  está em vigência no território nacional o uso de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para toda a população de risco no Sistema Único de Saúde. A PrEP é composta pelo fumarato de tenofovir desoproxila e emtricitabina e possui eficácia comprovada em diversos ensaios clínicos controlados. Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV na primeira consulta para se iniciar o uso da PrEP, após o teste para o HIV negativo, a dispensação da PrEP só pode ser feita para 30 dias e, nas consultas subsequentes, a dispensação pode ser feita para 120 dias, conforme exames sem alterações. Além de fornecer segurança contra infecção por HIV, o uso da PrEP garante um segmento ambulatorial regular, com maior frequência de testagem para infecções sexualmente transmissíveis, que é fator importante na prevenção combinada contra HIV, pois favorece triagem adequada e detecção precoce de infecções na população usuária de PrEP, bem como rápido acesso aos tratamentos. Objetivos: O objetivo deste estudo é relatar um caso no qual a PrEP foi iniciada em um paciente dentro da janela imunológica para o HIV em uma Clínica Escola de Fortaleza e ressaltar a importância da prescrição correta da PrEP. 

    Relatado de caso: Paciente 24 anos, sexo masculino, se apresenta em uma Clínica Escola de Fortaleza para iniciar o uso da medicação PrEP. No primeiro atendimento foram realizados os testes rápidos de HIV, HbsAg, Anti-HCV e teste rápido para sífilis, no qual todos deram negativos. Desta forma, foram dispensados 30 comprimidos, referente a um mês de tratamento.  Ao retornar para nova dispensação da PrEP, em 30 dias, foram realizados novamente os mesmos testes rápidos, no qual o teste para  HIV deu positivo. Após exames confirmatórios, foi detectada a infecção pelo vírus do HIV. Nessa situação, não pode ocorrer a continuidade do uso da PrEP e deve ser iniciado o tratamento com a terapia antirretroviral (TARV) para o HIV. Esse relato de caso tem como intuito ressaltar a importância da prescrição correta da PrEP, pois o primeiro retorno em 30 dias é fundamental para identificar pacientes que possam estar na janela imunológica para o vírus do HIV, possibilitando uma detecção precoce da doença. Além disso, é comum ver muitos prescritores de PrEP realizar a primeira dispensação para 120 dias, perdendo esse primeiro acompanhamento com o paciente. 

    Conclusão: Dessa forma, conclui-se a importância da prescrição correta da PrEP e a necessidade da implementação de cursos preparatórios para prescritores para correta dispensação destes medicamentos.

  • Palavras-chave
  • PrEP, HIV; rastreio HIV
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