ALTERAÇÃO LABORATORIAL DA CARGA VIRAL APÓS INTRODUÇÃO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DUPLA EM PACIENTE VIVENDO COM HIV ACOMPANHADO EM UMA CLÍNICA-ESCOLA EM FORTALEZA, CEARÁ: UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • Islara Rodrigues Cavalcante
  • Co-autores
  • Johnny do Nascimento Brito , Ana Letícia Sousa de Oliveira , Iohran Medeiros da Ponte , Josimar Junior Alves Fontes , Maria das Graças Rafaela Mesquita Teixeira
  • Resumo
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    Introdução: Os medicamentos antirretrovirais surgiram por volta da década de 80 para tratamento da infecção por HIV. Desde então, esquemas terapêuticos são empregados propondo-se carga viral indetectável, melhor qualidade de vida e redução dos efeitos colaterais. Para isso, as terapias simplificadas são prescritas para pacientes com carga viral indetectável por mais de 6 meses e sem alterações clínicas. 

    Objetivo: O objetivo deste estudo é mostrar um paciente elegível para terapia simplificada que evoluiu com aumento exponencial da carga viral após mudança terapêutica em uma clínica-escola de Saúde em Fortaleza. 

    Relato de caso: O.A.L., 61 anos, sexo masculino, natural e procedente de Fortaleza, encaminhado para a clínica-escola em janeiro de 2017 para acompanhamento com infectologista após diagnóstico de infecção por HIV. Apresentava diarreia há 2 meses, sem sangue ou muco, desidratação, adinamia, astenia e perda ponderal. Somavam-se às queixas febre vespertina e tosse esporádica sem expectoração. Negava outros sintomas ou comorbidades. Ao exame físico, estado geral regular,  mucosas pálidas, emagrecido, sem linfonodomegalias. Medidas antropométricas, exame do tórax e abdômen sem alterações dignas de nota. Levantou-se a hipótese de síndrome da imunodeficiência adquirida associada à tuberculose, confirmada por exames complementares. Havia carga viral de 139 cópias e demais sorologias negativas para outras doenças infecciosas. Foi prescrito o tratamento com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol para tuberculose, além de tenofovir (TDF), lamivudina (3TC) e efavirenz, posteriormente substituído por dolutegravir (DTG), para terapia antirretroviral (TARV). O acompanhamento ambulatorial seguiu-se com boa adesão e tolerância aos medicamentos, sem complicações. A carga viral manteve-se indetectável e paciente assintomático. Em fevereiro de 2022, ocorreu a troca para terapia dupla, composta por 3TC e DTG. Todavia, após 6 meses com o novo esquema, detectou-se carga viral de 293.364 cópias. Prescreveu-se reintrodução do esquema triplo (TDF, 3TC e DTG) e foi solicitada genotipagem viral, que mostrou ausência de mutações e impossibilidade de amplificação da integrase. Paciente retorna em janeiro de 2023 com carga viral de 934 cópias. Atualmente, apresenta CV indetectável. 

    Conclusão: Portanto, enfatiza-se a necessidade de acompanhamento regular após troca de TARV para adequado controle viral a partir do seguimento da carga viral, excepcionalmente em períodos de mudanças terapêuticas.

     

  • Palavras-chave
  • HIV ; Antirretroviral ; Carga Viral
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