BARREIRAS PARA O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA VISÃO DO MÉDICO GENERALISTA

  • Autor
  • Lívia Holanda Maia Cavalcanti
  • Co-autores
  • Emilly Fernandes Garcia Landeiro , Isabella Maria Silva Monteiro , Carla Barbosa Brandão
  • Resumo
  • OBJETIVOS: Mapear as evidências existentes na literatura sobre as barreiras

    encontradas pelos médicos para o cuidado em saúde mental na atenção

    primária.

    MÉTODOS: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura sobre a produção

    científica a respeito das barreiras para cuidado em saúde mental na atenção

    básica sob a perspectiva de médicos generalistas. Realizou-se a busca na base de

    dados PUBMED com os seguintes descritores: “mental health” OR “mental

    disorders” AND “general practitioners”. Os critérios de inclusão foram artigos que

    contemplassem o objetivo da pesquisa, publicados em língua portuguesa ou

    inglesa e com textos completos disponíveis. Foram excluídos artigos que

    versavam sobre saúde mental dos médicos ou que não discriminavam a opinião

    dos médicos distintamente do restante da equipe.

    RESULTADOS: A busca primária captou 68 referências. Destas 8 satisfizeram

    os critérios de inclusão e compuseram a presente revisão. As barreiras

    elencadas nos artigos foram: Carência na capacitação e no treinamento no

    período de formação profissional acerca dos cuidados em saúde mental,

    causando a falta de experiência e baixa confiança nos médicos generalistas;

    Falta de tempo, devido à rigidez no sistema de gestão, durante as consultas para

    escutar os pacientes, prejudicando o atendimento e o tratamento; Persistência

    do modelo biomédico e patológico com características individualistas e curativas,

    negligenciando os aspectos psicológicos e fazendo o encaminhamento do

    paciente para um especialista em saúde mental; Falta de apoio da família e da

    comunidade na adesão dos tratamentos de transtornos psiquiátricos na atenção

    básica; Estigma associado às doenças mentais, principalmente as mais graves,

    que prejudica a relação médico-paciente e dificulta a aceitação no diagnóstico;

    Dificuldade do médico generalista em estabelecer uma discussão aberta com os

    pacientes sobre suas preferências de cuidados e autonomia, por considerarem

    que eles buscavam um maior controle sobre o tratamento do que eram capazes

    ou queriam ter.

    CONCLUSÃO: Considerando que grande parte dos problemas de saúde mental

    devem ser tratados na atenção básica, os resultados dessa revisão apontam

    para a necessidade de uma melhor qualificação dos médicos generalistas, para

    que possam estar aptos a prover um cuidado ampliado, qualificado, integral e

    interdisciplinar.

  • Palavras-chave
  • Saúde Mental; Atenção Básica; Clínico Geral
  • Modalidade
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