ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO DURANTE O PERÍODO DE 2013 A 2023 NA REGIÃO NORDESTE

  • Autor
  • Lívia Mourão Braga
  • Co-autores
  • Ana Deyse Fontenele Brito , Antonia Moemia Lúcia Rodrigues Portela , Ito Liberato Barroso Neto
  • Resumo
  • Objetivo: O acidente vascular encefálico (AVE) é caracterizado como uma lesão cerebral que pode ser classificada em Isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH), sendo uma das principais causas de óbito e incapacitação física na atualidade de modo que é fundamental medidas eficazes em prol da melhoria desse panorama comprometedor. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos acometidos por AVE, subtipos hemorrágicos e isquêmicos, na região nordeste, de 2013 a 2023. Métodos: Trata-se de um levantamento epidemiológico, descritivo e quantitativo, realizado a partir de dados secundários sobre Acidente vascular cerebral, não especificado como hemorrágico ou isquêmico, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10 – I64), provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH -SUS), entre janeiro de 2013 e julho de 2023, na região nordeste, sendo abordadas as variáveis: internações, sexo, faixa etária, cor/raça, óbitos, unidade federativa e valores de serviços hospitalares. Por se tratar de dados secunda?rios na?o foi necessa?rio a submissa?o ao Comite? de E?tica, segundo a resoluc?a?o 510/2016. Resultados: Entre 2013 e 2023, foram notificados 466.037 casos de AVE não especificados como hemorrágico ou isquêmico. Desse total, com maior prevalência o estado da Bahia, representando 131.981 (28,31%) seguido do estado de Pernambuco com 109.898 (23,58%) e com menor prevalência o estado de Sergipe com 10.134 (2,17%) casos notificados.  Em relação à faixa etária, a doença mostrou-se mais prevalente no intervalo de idades entre 70 e 79 anos (n=123.269; 26,45%). No tocante ao sexo, 226.674 (48,64%) eram do sexo feminino e 239.363 (51,36%) do sexo masculino. Além disso, verificou-se que o grupo mais prevalente foi de cor parda (n=260.632; 69,43%), mantendo esse resultado durante os anos. Com relação aos óbitos, registraram-se 78.727 mortes por AVE no Nordeste, com destaque aos estados da Bahia e de Pernambuco, com 23.897 e 15.143 óbitos. Quanto aos valores aos valores de serviços hospitalares, observa-se um aumento gradativo no número de gastos públicos de 2013, com R$ 32.449.990,44, até 2022, com R$ 69.159.492,75, contudo até julho de 2023 houve um custo de R$ 32.822.360,99. Conclusão: Evidenciou-se que a maior taxa de mortalidade por AVE na região de estudo ocorre em indivíduos do sexo masculino residentes, em maioria, nos estados de Pernambuco e da Bahia, com faixa etária entre 70 e 79 anos e da cor/raça parda. O expressivo custo financeiro com os consideráveis números de óbitos e de internações hospitalares pelo SUS poderia ser reduzido com a adoção de medidas de prevenção do AVE na atenção básica. Assim, é fundamental que políticas públicas mais eficientes sejam empregadas na região de estudo e, principalmente, nos estados de Pernambuco e da Bahia, com o intuito de reduzir a quantidade de acometidos por essa enfermidade e de melhorar os gastos públicos. 

  • Palavras-chave
  • Acidente Vascular Encefálico, Epidemiologia, Políticas Públicas.
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