Introdução: O diagnóstico por imagem vem sendo bastante utilizado em metodologia de ensino ativo, nos últimos anos, em instituições acadêmicas de medicina com o objetivo de contribuir para o conhecimento em radiologia, anatomia e fisiopatologia de acadêmicos de medicina. A partir disso, a ultrassonografia tem sido destaque como um método eficaz para a visualização de estruturas anatômicas, tendo em vista a qualidade da imagem e a portabilidade dos equipamentos, tornando-se uma importante ferramenta no processo de ensino-aprendizagem médico. Nesse contexto, destaca-se a importância do contato de acadêmicos de medicina com a prática do diagnóstico por imagem, com predomínio da ultrassonografia, durante o período da graduação. Objetivos: O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência sobre um treinamento não curricular realizado por estudantes de medicina de instituição de ensino superior e membros da Liga de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do curso de medicina em uma clínica-escola de pós-graduação em ultrassonografia. Métodos: Este trabalho se trata de um relato de experiência sobre um projeto de extensão de educação em saúde realizado por acadêmicos de medicina de uma instituição de ensino superior. O projeto consta de um treinamento não curricular supervisionado por médicos especializados em Radiologia e Diagnóstico por Imagem ou em Ultrassonografia, sendo realizado em uma clínica-escola de pós-graduação em ultrassonografia, com carga horária de 240 horas por ano. Durante o treinamento são realizadas diversos tipos de atividades, tais como: aulas teóricas e práticas, sessões clínicas e produção de artigos científicos. Resultados: A partir de reflexões individuais e de discussões em grupos realizadas pelos estudantes de medicina e pelos supervisores que participam do projeto de extensão em questão, foi observado o quão engrandecedor é o treinamento para todos os participantes. Para os supervisores, é uma oportunidade de ensinar e de praticar habilidades da docência, além de ser uma porta de entrada para muitos alunos de medicina que queiram ingressar na escola de ultrassonografia futuramente como pós-graduandos. Para os alunos de medicina que participam do treinamento, é uma oportunidade de conhecer e de praticar a ultrassonografia, um método de diagnóstico por imagem que vem ganhando cada vez mais espaço em diversas especialidades médicas, não sendo uma ferramenta diagnóstica exclusiva dos radiologistas. Além disso, os estudantes têm a oportunidade de participarem de sessões clínicas com os médicos supervisores e de discutirem os casos clínicos vistos nos momentos de aulas práticas. Conclusão: Assim, observou-se que o treinamento não curricular em ultrassonografia realizado por estudantes de medicina é uma oportunidade única de aprender sobre a prática em ultrassonografia e sobre a interpretação de imagens com médicos radiologistas e ultrassonografistas. Ademais, é uma oportunidade de desenvolver o raciocínio clínico e a oratória durante as sessões clínicas realizadas. Logo, o treinamento deve ser incentivado e aproveitado pelos membros da liga.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura