OBJETIVOS:
O objetivo desse estudo é realizar uma análise epidemiológica da Sífilis Congênita no estado, bem como evidenciar populações que sejam mais afetadas pela doença.
MÉTODO:
Trata-se de um estudo transversal descritivo que se utiliza de dados oriundos do Sistema de Informação de Notificação e Agravos (SINAN) com a construção de tabelas e realizando a análise frequencial desses dados. Foram estudadas as variáveis de macrorregião de saúde, escolaridade materna e raça dos casos notificados.
RESULTADOS:
No período analisado, de 2017 a 2021, a maioria dos casos notificados eram da raça parda, 4.633 (94,53%), enquanto a minoria foi da raça amarela, 7 (0,14%). Cumpre salientar, também, a diferença de números entre os casos de raça parda e raça branca, essa última sendo a segunda maior incidência, 199 (4,06%). De acordo com os dados apresentados nota-se a concentração de casos em regiões mais urbanas e populosas 4.249 (78,5%), em populações pardas 4.633 (94,53%), e de baixa escolaridade 2.669 (62,83%). Diante disso, percebe-se que as desigualdades socioeconômicas do estado do Ceará influenciam diretamente na epidemiologia dessa enfermidade. A falta de acesso à educação sexual e de acesso a instrumentos básicos de saúde, podem acarretar um diagnóstico tardio da sífilis na mãe e da sífilis congênita no filho. No entanto, com o passar dos anos estudados também se percebe uma tendência a queda do número de casos.
CONCLUSÃO:
Por meio da análise realizada por meio dos dados coletados (variáveis macrorregião de saúde, escolaridade da mãe e raça) foi possível traçar um provável perfil epidemiológico da doença, bem como evidenciar grupos mais vulneráveis da sífilis congênita.
Palavras-chave: Sífilis. Epidemiologia. Ceará
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura