Análise epidemiológica de óbitos por coma mixedematoso no Brasil entre 2019 e 2021: um estudo transversal.

  • Autor
  • Elísio Victor Chaves Aguiar
  • Co-autores
  • João Guilherme de Mello Batista , Amarílis Cavalcante Monteiro , Chiara Gübel Portugal , Gabriella Parente Sampaio
  • Resumo
  • Coma mixedematoso é uma emergência endocrinológica caracterizada por um hipotireoidismo severo que acarreta outras consequências clínicas, como manifestações neurológicas e cardiológicas, hiponatremia, hipotermia, hipoglicemia, etc. O diagnóstico é clínico e laboratorial, mas o tratamento deve ser iniciado assim que se suspeita com a clínica do paciente. Trata-se de uma condição rara, mas com mortalidade significativa, por isso essa análise se faz relevante.

    O objetivo do trabalho é, portanto, analisar dados epidemiológicos de mortalidade por coma mixedematoso no contexto brasileiro, no período de 2019 a 2021. 

    Este presente estudo é do tipo transversal e descritivo sobre a temática. Para obter os dados, foi realizada a coleta pela plataforma “Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) ”. Essa coleta seguiu a sequência: “Informações de Saúde (TABNET) ”, “Estatísticas Vitais”, “Painéis de Monitoramento (SVS) ”. A partir disso, foram analisadas as variáveis “sexo”, “grupo etário”, “ano de referência” e “indicador” relacionadas a essa temática entre 2019 e 2021 no Brasil. 

    Os resultados obtidos revelam um total de 108 óbitos por coma mixedematoso no Brasil de 2019 a 2021, dos quais 38 ocorreram em 2019, 32 em 2020 e 38 em 2019. Quanto ao sexo, 79 mortes (73,1%) foram do sexo feminino, enquanto 29 mortes (26,9%) acometeram homens nesse período. No quesito grupo etário, não se observou um padrão entre os anos avaliados, haja vista o fato de que, em 2019, o maior número de óbitos registrados ocorreu em 3 diferentes faixas etárias. Em 2020, houve uma predominância de 13 óbitos em indivíduos com 80 anos ou mais. Em 2021, por sua vez, houve um predomínio de óbitos em pessoas de 70 a 79 anos, somando 10 óbitos. Dessa forma, durante o período analisado, observou-se predomínio dos óbitos no sexo feminino, mas sem um padrão no quesito faixa etária. 

    Os dados propiciaram a identificação do perfil epidemiológico do grupo com mais óbitos por coma mixedematoso no Brasil, considerando o período entre 2019 e 2021. A análise demonstra também a importância de observar regularmente dados referentes a essa emergência endocrinológica, visto que, apesar de rara, apresenta um elevado grau de mortalidade.

     

  • Palavras-chave
  • Óbitos, Coma Mixedematoso, Brasil
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