MANEJO DA INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO “BATERIAS TIPO MOEDA” POR CRIANÇAS: UMA REVISÃO LITERÁRIA

  • Autor
  • Gabriela Gadelha Rattacaso
  • Co-autores
  • João Wallace Carvalho de Oliveira , José Henrique do Nascimento Amorim , Paôla Lima de Almeida , Lucas Fontenelle de Lima Pontes
  • Resumo
  • METODOLOGIA

    O presente estudo consiste em uma revisão literária, baseada em 6 artigos,

    publicados entre 2019 e 2022, na língua inglesa, obtidos nas bases de dados

    MEDLINE via Pubmed. Foram utilizados os seguintes descritores MeSH

    (Medical Subject Headings) combinados por meio do operador booleano AND:

    “button battery ingestion”, “foreign bodies”, “child”, “endoscopy” e

    “management”.

     

    OBJETIVOS

    O objetivo do resumo in situ foi expor, de forma simples e objetiva,

    como deve ser realizado o manejo adequado dos casos em que há a ingestão

    de baterias por crianças, além de abordar possíveis complicações da ingestão

    de material com propriedades corrosivas.

     

    RESULTADOS

    As baterias configuram como um dos itens mais achados em

    investigações de engasgos em infantes, sendo 6,8% do total de corpos

    estranhos encontrados. Nessa perspectiva, é imprescindível a observação do

    quadro clínico que pode envolver dor retroesternal, disfagia, tosse e sialorreia,

    em casos de impactação.

    Quanto ao diagnóstico, a radiografia do tórax é o método de escolha, uma

    vez que favorece a visualização e promove a definição da conduta. A literatura

    destaca que, após a documentação radiográfica, com achado de sinal do halo,

    as baterias alojadas no esôfago devem ser removidas emergencialmente, via

    endoscopia digestiva alta, para evitar possíveis complicações advindas das

    propriedades corrosivas da bateria. Na maioria dos casos, as baterias são

     

    removidas com o uso de acessórios endoscópicos, tipo pinças de corpo

    estranho ou cestas. Entretanto, caso a bateria não possa ser recuperada

    diretamente do esôfago, ela deverá ser empurrada para o estômago, pois,

    uma vez na cavidade gástrica, a maioria passa sem complicações. Ademais,

    baterias de pequeno diâmetro que passam além do esôfago não precisam ser

    recuperadas, já que serão eliminadas através da evacuação, em

    aproximadamente 72 horas, sendo feito um acompanhamento por meio de

    radiografias para avaliar a progressão da bateria no trato gastrointestinal. Em

    situações em que o paciente apresenta sinais de lesão no trato gastrointestinal,

    a intervenção cirúrgica é recomendada para a reparação dos danos causados

    no tecido.

    Com relação às possíveis complicações advindas da ingestão de baterias

    por crianças, destacam-se fístulas, erosões e necrose liquefativa no tecido

    esofágico, além de lesões no tecido gástrico, que estão relacionadas à posição

    em que a bateria está impactada, pois o contato da mucosa com o polo

    negativo do artefato pode acarretar tais adversidades.

     

    CONCLUSÃO

    Tendo em vista a elevada incidência dos casos de ingestão de baterias por

    crianças, destaca-se a importância da manipulação adequada desses objetos

    presentes no trato gastrointestinal, sendo de suma importância o diagnóstico

    precoce para a delimitação de condutas, visto que influenciará diretamente na

    redução das complicações.

    Além disso, reitera-se a necessidade de debruçar-se mais sobre tal temática,

    melhorando, cada vez mais, os procedimentos envolvidos no prognóstico, além

    de promover a redução das influências negativas dos sinais, sintomas e dos

    possíveis agravantes na vida do paciente.

  • Palavras-chave
  • Endoscopia, Corpos Estranhos, Baterias.
  • Modalidade
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