RESPOSTA AO TRATAMENTO DE ÚLCERA DIABÉTICA COM CÉLULAS MESENQUIMAIS DA PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO

  • Autor
  • LUIZ TITO AUGUSTO DE MEDEIROS JÁCOME
  • Co-autores
  • EMERSON HENRIQUE DO NASCIMENTO , VÂNIA LÚCIA CABRAL REBOUÇAS , DARA MARIA DE SÁ BONFIM , PAULA VASCONCELOS ARAÚJO BEZERRA
  • Resumo
  • Objetivos:Discutir, a partir de um relato de caso, a eficácia de um tratamento inovador usando células mesenquimais da parede abdominal na promoção da cicatrização de úlceras diabéticas. Esta discussão busca contribuir para uma abordagem terapêutica adjuvante importante para o auxílio no tratamento de úlceras diabéticas e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Relato de caso: Paciente, 59 anos, masculino, diabético de longa data, em tratamento com insulina e dapagliflozina com metformina, possui um histórico de episódio crítico de erisipela necrotizante no membro inferior direito em 2022. Esse episódio resultou em uma considerável perda de tecido na região pré-tibial, cuja cicatrização só foi alcançada através de um tratamento intensivo com oxigenoterapia hiperbárica. Em junho de 2023, o paciente notou o aparecimento de uma bolha na face medial do mesmo tornozelo, que, ao longo do tempo, evoluiu para um processo infeccioso local, caracterizado pela formação de múltiplas áreas de fístulas. Em julho, iniciou um tratamento com amoxicilina e clavulanato, duas vezes ao dia, o que resultou em uma notável melhora dos sinais inflamatórios locais. Em agosto, uma amostra de tecido foi colhida para cultura da ferida, revelando o crescimento de Citrobacter koseri, sensível a diversas drogas injetáveis, incluindo Amicacina, Aztreonam, Cefepima, Ceftazidima, Ceftriaxona, Ertapenem, Gentamicina, Meropenem, Piperacilina/Tazobactam, Cefazidima/Avibactam e Ceftolozano/Tazobactam. O paciente foi internado em um hospital especializado no final de agosto e início de setembro, onde foi submetido a desbridamento e recebeu antibacteriano da família dos carbapenêmicos via intravenosa. Dez dias após internação prévia, foi realizada uma nova intervenção de desbridamento, com coleta de material para cultura, mas não foram observados sinais de crescimento bacteriano. Durante o mesmo período, procedeu-se à aspiração de células mesenquimais da parede abdominal, as quais foram injetadas nos bordos e no leito de todas as úlceras no tornozelo direito. Atualmente, registra-se uma progressiva cicatrização de três úlceras menores e uma notável redução da área de duas úlceras na região maleolar. Porém, a úlcera maior, localizada ao nível do calcâneo direito, embora tenha experimentado uma redução da área, ainda apresenta pontos de necrose e sinais de infecção. Como parte do tratamento, o paciente mantém curativos com alginato contendo prata e segue com a oxigenoterapia hiperbárica, visando à otimização do processo de cicatrização. Conclusão: O uso de células-tronco mesenquimais têm demonstrado acelerar a cicatrização em feridas agudas e crônicas, melhorando a migração celular, a angiogênese e a qualidade das cicatrizes. Neste relato de caso, um paciente diabético com histórico de tratamentos anteriores, incluindo uso de antibióticos, culturas de sangue e desbridamentos, apresentava progresso lento na cicatrização. Após a aplicação de células mesenquimais  experimentou uma notável melhora em um curto período de tempo. Este caso destaca que o uso de células-tronco mesenquimais têm demonstrado acelerar a cicatrização em feridas agudas e crônicas, melhorando a migração celular, a angiogênese e a qualidade das cicatrizes.

     

     

     
  • Palavras-chave
  • Tratamento, celulas mesenquimais e Diabetes Mellitus
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Área da Saúde
Voltar Download
  • Área da Saúde

Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO

Adner Nobre de Oliveira

 

Presidente da Associação Médica Cearense

José Aurillo Rocha

 

Diretor Financeiro

Marcos Aurélio Pessoa Barros

 

Comissão Científica e de Trabalhos Científicos

José Nazareno de Paula Sampaio

Maria Sidneuma Melo Ventura