PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR INSUFICIÊNCIA RENAL NO BRASIL NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2018 A JANEIRO DE 2023

  • Autor
  • Ana Carolina Ponte Farias
  • Co-autores
  • Maria Fernanda Farias de Oliveira , Ana Gabriela Ponte Farias , Ana Gardenia Liberato Ponte Farias
  • Resumo
  •  

    Objetivo: A insuficiência renal é uma disfunção dos rins em que sua capacidade de realizar a filtração glomerular e a regulação do equilíbrio eletrolítico é comprometida. A insuficiência renal tem como principais causas nefropatia diabética, hipertensão arterial crônica, doenças renais policísticas, entre outras. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença. Desse modo, tem-se como objetivo descrever o perfil epidemiológico de óbitos por insuficiência renal de janeiro de 2018 a janeiro de 2023.

    Métodos: Estudo do tipo descritivo, de abordagem quantitativa, promovido mediante dados coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), por meio da plataforma DATASUS, acerca das informações sobre a mortalidade por insuficiência renal no Brasil. Foram analisadas as variáveis faixa etária, sexo e cor/raça.

    Resultados: No período de janeiro de 2018 a janeiro de 2023, foram verificadas 77.279 mortes por insuficiência renal no Brasil. Nos anos de 2018 e 2019, a quantidade de óbitos foi pouco alterada (14.430, 15.086, respectivamente). Porém, no ano de 2020 (13.918) houve uma queda no número de mortes em relação aos anos anteriores, diferente de 2021(15.173) e 2022(17.271), nos quais a quantidade de óbitos por insuficiência renal voltou a aumentar no Brasil. Essa variação ocorreu possivelmente por causa da subnotificação no ano de 2020, coincidindo com a pandemia da COVID-19. Durante o período analisado, a região Sudeste foi a mais afetada com 46% (35.573) dos óbitos pela doença no Brasil, o que pode ter ocorrido porque a população da região é a maior do país. A faixa etária de 70 anos ou mais foi a mais acometida com 39.465 mortes (51%). No país, houve maior mortalidade no sexo masculino, 43.557 desfechos fatais (56,3%). A cor/raça que predominou no país foi a parda com 27.706 óbitos (35,8%), seguida pela branca com 25.515 mortes (33%), em todo o período analisado. 

    Conclusão: No período analisado, a quantidade de mortes foi maior na faixa etária de 70 anos ou mais por ser mais suscetível a esse desfecho. O sexo masculino foi mais frequente do que o feminino. A cor/raça predominante em casos de óbitos por insuficiência renal no país foi a parda. Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento da insuficiência renal, essa doença ainda apresenta um grande número de óbitos no Brasil.

  • Palavras-chave
  • Insuficiência Renal, Óbito, Epidemiologia
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