Objetivos: O Câncer de próstata é a multiplicação descontrolada das células da próstata, originando um tumor maligno, sendo o segundo câncer mais comum entre os homens, considerado uma neoplasia da terceira idade, é um problema para a saúde pública, sendo necessárias medidas eficientes para diagnóstico precoce e manejo adequado da condição. O objetivo deste resumo é analisar o perfil epidemiológico dos casos de neoplasia maligna de próstata no período entre 2013 e 2023 no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e de caráter quantitativo, cujos dados foram obtidos através de uma consulta no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sobre as notificações de neoplasia maligna de próstata de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10 – C61), no período de janeiro de 2013 a julho de 2023, considerando as variáveis: regiões, raça/cor, óbitos, faixa etária e valores de serviços hospitalares. O presente trabalho não necessitou de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, pois utilizou informações de acesso livre, segundo a resolução 510/2016. Resultados: De acordo com os dados obtidos, no período analisado, ocorreram 328.268 casos de neoplasia maligna de próstata, sendo a região Sudeste com maior frequência de casos, representando 169.252 das notificações (51,56%), seguida pela Região Nordeste (n=79.591; 24,25%) e pela Região Sul (n=51.017; 15,54%). No tocante à raça/cor, a maior prevalência de casos é evidenciada entre brancos (n=122.646; 37,36%) e pardos (n=128.783; 39,23%). Quanto à faixa etária, os indivíduos no intervalo de idades entre 60 e 69 anos compreenderam a maioria das notificações, somando 125.901 casos (38,35%), enquanto a faixa etária de 70 a 79 anos teve incidência de 32,64% (n=107.134). No que tange aos óbitos, identificou-se um total de 30.856 mortes no país, sendo mais prevalente em enfermos na faixa etária entre 70 e 79 anos (n=11.677; 37,84%). Em relação aos valores de serviços hospitalares, observa-se um gasto público de R$748.922.471,44 no Brasil, o qual é mais expressivo nas regiões Nordeste e Sudeste, com percentuais de 31,68% e 48,64%, respectivamente. Conclusão: Por fim, concluímos que a incidência maior de neoplasias malignas prostáticas se situa nas regiões Sudeste e Nordeste, sendo mais comum em brancos e pardos e atingindo mais indivíduos na faixa etária de 70 e 79 anos, a incidência de mortalidade também é mais comum nessa faixa etária. É importante o desenvolvimento de políticas de rastreio do câncer de próstata, para diagnóstico mais precoce da condição e para possibilitar tratamento mais efetivo e, com isso, diminuir o índice de morbimortalidade nesses pacientes.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura