Análise epidemiológica dos casos de intoxicação exógena entre os anos 2020 e 2022 no Estado do Ceará

  • Autor
  • José Fernando Muniz Clarindo
  • Co-autores
  • Danylo da Silva Ripardo , João Victor de Marinho de Oliveira , Bruna Mara Ribeiro Teles
  • Resumo
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    Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com dados coletados do   Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referente aos casos de intoxicação exógena no Ceará entre 2020 e 2022. Resultados: De acordo com os dados encontrados, tendo como base o ano de manifestação do primeiro sintoma, foram registrados 11.818 casos entre esses anos, sendo 2022 o ano com mais casos registrados (4.869; 41,2%), o que significa um aumento de 1.558 casos (47%) em relação ao ano de 2020, que teve 3.311 casos registrados. Durante esses três anos, as mulheres estiveram à frente dos homens, registrando, no total dos anos, 7.382 (62%) casos, sendo as mulheres pardas, as mais acometidas pelas intoxicações, notificadas mais de 75% (5.606; 76%) de todos os casos de mulheres e 47,4% de todos os casos entre homens e mulheres. Em relação aos homens, o padrão se mantém e os pardos registraram mais casos entre esses anos, sendo responsáveis por 3.452 dos 4.436 casos totais (77,8%) e 29,2% de todos os casos no triênio estudado. Do total de intoxicações, os agentes mais causadores de registro de casos foram os medicamentos, responsáveis por 7.009 (59,3%) dos 11.818 casos, sendo as mulheres as mais acometidas. Já as drogas de abuso, responsáveis por 352 casos, apontam os homens como vítimas mais frequentes, sendo responsáveis por 269 (74,3%) dos casos totais causados por esse tipo de droga. Os critérios de confirmação foram: Clínico-laboratorial, Clínico-epidemiológico e Clínico, sendo este, o responsável pela maior parte das confirmações (50,06%). Do total de casos, a maioria (9.372; 79,3%) teve uma evolução para cura sem sequela, enquanto apenas 28 dos 11.818 casos (0,23%) evoluíram para óbito. Entretanto, 212 casos tiveram evolução para cura com sequela. Conclusão: Os dados coletados evidenciaram que intoxicações exógenas, embora não possuam alta letalidade em geral, merecem atenção, pois alguns dos pacientes com evolução para cura, apresentam sequelas, o que é um fator mitigante da saúde. Além disso, constata-se que as mulheres, de forma geral, são mais acometidas por intoxicações exógenas, enquanto a população masculina é mais suscetível a intoxicações em que os agentes são as drogas de abuso. Por isso, sugere-se estudos complementares posteriores para entender os motivos das características epidemiológicas apontadas pelo presente estudo.

     

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, intoxicação exógena, análise
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