ANÁLISE DA MORTALIDADE PELA INFECÇÃO POR COVID-19 EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE FÍGADO

  • Autor
  • Monique Elarrat Canto Cutrim
  • Co-autores
  • Beatriz Pereira Pinto , Amanda Tomaz Rodrigues , Julia Leitão Cabral , Marcela Pinheiro de Alencar Vilar , Marina Coelho Feitosa
  • Resumo
  • Objetivo: Analisar a relação da mortalidade pela infecção por COVID-19 em pacientes submetidos ao transplante hepático. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura utilizando artigos indexados na base de dados PubMed, publicados entre 2020 e 2023, que correspondem à busca com as palavras-chave “covid” e “liver transplant”. Foram identificados 506 artigos, dos quais 12 foram utilizados, pois atendiam aos interesses da pesquisa. Discussão: A infecção por SARS-CoV-2 (COVID-19) iniciou na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019 e, em março de 2020, com propagação da epidemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o estado de pandemia. O vírus pode causar piores prognósticos em pacientes idosos, imunossuprimidos ou portadores de comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, doenças pulmonares crônicas e doenças hepáticas crônicas. O transplante hepático é a medida terapêutica preferencial em pacientes com determinadas hepatopatias como insuficiência hepática, cirrose descompensada e carcinoma hepatocelular. Nesses pacientes, para prevenir a rejeição do novo órgão e diminuir a taxa de morbimortalidade, são utilizadas drogas imunossupressoras por tempo indeterminado, podendo predispor à infecção viral grave. Pacientes imunossuprimidos representam um grupo de alto risco para contaminação pelo SARS-Cov-2, já que são mais suscetíveis às infecções. A infecção por SARS-Cov-2 pode causar danos significativos ao tecido hepático, afetando cerca de 15 a 50% dos casos, chegando à incidência de 78% em afecções mais severas. Além disso, nesses indivíduos, observa-se uma elevada expressão dos receptores das enzimas conversoras de angiotensina tipo 2 nas células do tecido hepático, o que se associa a uma resposta inflamatória exacerbada devido à sua condição médica subjacente, causando aumento da mortalidade devido à infecção por Coronavírus. Assim, pacientes submetidos ao transplante hepático estão sujeitos à imunossupressão, o que os torna mais vulneráveis a infecções graves por COVID-19, bem como ao risco de agravamento da função do órgão, podendo evoluir para uma descompensação hepática. Entretanto, os benefícios do transplante são consideráveis, mas para que seja executado é necessária uma avaliação criteriosa. Conclusão: Os estudos analisados revelaram conexão significativa entre a maior vulnerabilidade à infecção por COVID-19 e os pacientes submetidos a transplantes hepáticos, devido à imunossupressão necessária para manutenção do órgão transplantado. Embora seja sugerido que há aumento no risco de complicações da infecção nestes pacientes, ainda é incerto quanto ao grau de mortalidade em comparação com a população geral, já que a literatura evidencia inúmeras perspectivas, sendo algumas com taxa de mortalidade semelhante, enquanto outras indicam taxas mais elevadas.

  • Palavras-chave
  • transplante de fígado, mortalidade, SARS-CoV-2
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