A esquizofrenia se depara com o estranho, seus sintomas causam para além do sofrimento físico, mas o enclausuramento sem grades, pela família, pela sociedade, pelo próprio indivíduo. De modo indizível, ou ainda, dizível, a esquizofrenia e seu espectro, apresentam aspectos característicos alucinatórios, delirantes, questões que são relativas à fala e também ao pensamento, sendo os sintomas, característicos de cada indivíduo. Porquanto, estudos revelam que cerca de 0,3 a 0,7% da população detém o transtorno (DSM-5-TR) e no ano de 2017, a estimativa era de cerca de 2 milhões de brasileiros com o transtorno (Brunet, 2017). Este resumo ressalta o estudo sobre a musicoterapia no alívio dos sintomas negativos e também na compreensão sobre a reinserção dos indivíduos em comunidade. Para tanto, a musicoterapia, em viéses terapêuticos consiste formalmente no emprego da música e na criação,desenvolvimento e repertório desta no tratamento de inúmeras patologias, neste caso em específico, a esquizofrenia e seus sintomas negativos. Os sintomas negativos são categorizados por apatia, anedonia, embotamento cognitivo e outros, o que corrobora com a potencialidade da música como precursor de saúde mental, aliada ao melhoramento das funções cognitivas, funções motoras e também na promoção da confiança e potencialidades motrizes nesses indivíduos. Ao avaliarmos pesquisas na área, é possível observar que a musicoterapia transpassa a barreira do comum, gerando engajamento no tratamento, no alívio dos sintomas e na condução vivencial desses indivíduos em sociedade, fazendo com que assim, tenham confiança em si, possibilidades vinculativas com outras pessoas, autoconfiança e um porto seguro para onde sempre poderão retornar. Assim, os aspectos negativos do transtorno são minimizados e o que se maximiza são os aspectos positivos do Ser, com menores índices de estresse e maiores ferramentas para manejo das adversidades.
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