Introdução: A esquizofrenia é caracterizada pelo DSM-V por sintomas como: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento catatônico e sintomas negativos. Compreender e explorar a qualidade de vida se torna essencial em pessoas com esquizofrenia devido às dificuldades pessoais e ambientais que podem surgir no enfrentamento tanto do estigma relacionado ao transtorno quanto à dificuldade de conviver plenamente em sociedade (Souza e Coutinho, 2006). Qualidade de vida é, segundo WHOQOL (1994), a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, considerando o contexto cultural e o sistema de valores em relação aos seus objetivos e expectativas. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa para compreender os aspectos atrelados à qualidade de vida de pessoas com esquizofrenia, permitindo assim inovar na compreensão e na assistência à saúde mental. Foram utilizados os descritores: qualidade de vida; esquizofrenia. Selecionaram-se artigos em inglês ou português com acesso aberto e revisados por pares nas plataformas PubMed, Scielo e Periódico Capes. Encontrou-se 72 artigos, dos quais 10 foram selecionados. Resultados: Há fortes interações entre empatia, cognição social, qualidade de vida subjetiva e sintomatologia clínica em sujeitos com diagnóstico de esquizofrenia nos programas de reabilitação (Martín et al., 2017). Verificou-se uma melhor qualidade de vida em mulheres com o transtorno, e o estado civil foi um fator relevante para a qualidade de vida, homens e mulheres solteiros apresentaram menor qualidade de vida quando comparados com casados (Cardoso et al., 2006; Fernandes et al., 2022; Souza e Coutinho, 2006). Existem relações entre qualidade de vida e performance ocupacional (Silva et al., 2011; Machado et al., 2021). Quanto maior a satisfação com o suporte social, maior a qualidade de vida (Pinho et al., 2017). Um maior número de papeis sociais estão atrelados a uma melhor qualidade de vida (Grigolatto et al., 2012). A autopercepção de mudanças decorrentes do tratamento, é importante para a qualidade de vida (Cesari e Bandeira, 2010). Existe grande importância sobre funções neurocognitivas básicas na qualidade de vida para os sujeitos com esquizofrenia (Rocha et al., 2009). Conclusão: Os estudos encontraram associações importantes que servirão como orientação tanto para instituições responsáveis pelo cuidado de pessoas com esquizofrenia, como para a família e redes de apoio, permitindo um olhar mais aprofundado e ético.
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