Este trabalho propõe uma forma pedagógica de leitura de textos literários de autores indígenas em sala de aula. O objetivo é valorizar a cultura e a literatura indígena, recomendar uma sequência didática para usar a literatura indígena no ensino de Língua Portuguesa e promover o conhecimento da Lei 11. 645/08 e seu impacto no currículo escolar. Permitir que alunos aprendam sobre a cultura indígena através da leitura de histórias escritas por autores indígenas. Este trabalho aborda a literatura indígena e o conto "Como surgiu: mitos indígenas em sala de aula", além dos efeitos da Lei 11. 645 de 2008 no currículo escolar. Isso justifica a importância deste estudo, que propõe uma prática de intervenção através da leitura de mitos indígenas brasileiros, utilizando a obra de Daniel Munduruku como base. O autor apresenta os mitos dos povos indígenas Apinajé, Tembé e Caiapó. Para embasar nosso suporte teórico, utilizamos as teorias de Quijano (2007) e Candau (2013), entre outros. Para entender o mito como herança da memória cultural de um povo, citamos Eliade (2010), Rocha (1991) e Munduruku (2010). Buscamos apoio nas pesquisas de Leopoldi (2016) e Menéndez (2009) sobre a história e o patrimônio cultural do povo Munduruku, que abordam memória, identidade e cultura Munduruku. Para a nossa proposta de aplicar a leitura de textos indígenas através de sequências expandidas, buscamos apoio nas sugestões de Cosson (2014). As sequências guiaram a criação de um produto final: um eBook com um guia de como incluir essa literatura indígena na sala de aula. Assim, ajudamos a incluir a diversidade cultural e interculturalidade nos currículos escolares, ampliando a visão de mundo e fortalecendo o processo de aprendizagem dos alunos por meio de uma educação literária que só faz sentido se transformar o aluno em protagonista do conhecimento.
Comissão Organizadora
Flávio Zancheta Faccioni
Paulo Henrique Pressotto
Comissão Científica