A presente comunicação visa refletir o papel das adaptações literárias no Ensino Fundamental, tanto nos Anos Iniciais, quanto nos Anos Finais. Para tanto, se faz necessário compreender quais são os perfis de leitores brasileiros, suas preferências, influências e motivações, cabendo ressaltar que os hábitos familiares de leitura influenciam significativamente a formação do leitor enquanto criança. Diante disso, é preciso abordar os aspectos relativos às construções das adaptações, percebendo suas recepções e forma. Afinal, é sabido que, por exemplo, adaptações fílmicas têm suporte, público-alvo e propostas distintas do suporte literário escrito, e dentro da Literatura há uma discussão significativa no que tange ao próprio conceito de adaptação e tradução. Além disso, cabe refletir também a respeito do papel da escola nesse processo de letramento, tendo em consideração que muitas crianças só têm acesso a textos literários no ambiente escolar. Por fim, esse texto não objetiva transitar em lados opostos, extremamente binários e dicotômicos, sobre utilizar ou não adaptações no contexto escolar, mas busca enfatizar a compreensão de que a leitura literária deve ser vista como um direito humano, como corrobora Antonio Candido ao discorrer sobre o lado “humanizador” da literatura. Serão utilizadas as contribuições de autores como o já citado Antonio Candido (2006), Marisa Lajolo (2005), Vitor Necchi (2009) entre outros.
Comissão Organizadora
Flávio Zancheta Faccioni
Paulo Henrique Pressotto
Comissão Científica