Cristovão Cezar Tezza, nascido em 1952, em Lages, Santa Catarina, é um proeminente escritor brasileiro cuja trajetória literária teve início após sua vivência na Revolução dos Cravos; em 1975. Durante suas viagens pela Europa, ele deu vida ao seu primeiro livro; Cidade Inventada (1980). Graduado em letras pela UFPR em 1982, Tezza emergiu como um romancista destacado, alcançando reconhecimento tanto no Brasil quanto internacionalmente, com suas obras sendo traduzidas para mais de dez países. Seu trabalho mais aclamado livro foi O Filho Eterno (2007), conquistou vários prêmios, incluindo o APCA e o Jabuti. A trama da obra mergulha na complexa relação entre pai e filho, focalizando as expectativas frustradas quando o filho é diagnosticado com a Síndrome de Down. Este romance provocativo tem reverberações emocionais profundas e está sendo abordado no projeto de Iniciação Científica (PIBIC-UEMS). O Projeto visa realizar uma análise de O Filho Eterno, explorando os elementos de autoficção e a experiência paterna intrínseca à narrativa. A pesquisa tem como objetivo compreender como a mescla habilidosa de eventos reais e fictícios efetivamente transmite a complexa relação entre um pai em negação e seu filho com especificidades patológicas. Essa abordagem crítica promete desvendar as camadas de significado presentes na obra, destacando a maestria literária de Tezza ao abordar questões sensíveis e universais. Para a bordagem, utilizaremos conceitos sobre a autoficção de Martins (2014), entre outros.
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Flávio Zancheta Faccioni
Paulo Henrique Pressotto
Comissão Científica