O presente relato resulta da experiência de monitoria em disciplina denominada “Tópicos Especiais em Orientação Profissional” que faz parte da grade curricular, 20, do curso de Psicologia de uma Instituição de Ensino Superior, valendo ressaltar que a discente-monitora em questão estava vinculada à grade curricular 10, vigente desde 1996, e que a disciplina objeto do programa não faz parte da grade curricular a qual a monitora encontrava-se vinculada. A monitoria acadêmica é uma atividade prevista no Art. 84 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A referida legislação a apresenta como uma prática formadora e de apoio discente ao processo de ensino-aprendizagem, encontrando-se, dentro do tripé da formação superior, no eixo ensino. Na instituição onde o programa de monitoria ocorreu, a prática já era realizada há oito anos. Entre os objetivos da atividade, esperava-se dos monitores: desenvolvimento de fluência verbal; apresentação de comportamentos verbais técnicos adequados à formação de psicólogos; desenvolvimento de habilidades e competências no que concerne à organização acadêmica da IFES. A monitoria teve início com o planejamento dos encontros. Uma vez que a disciplina seria ministrada para uma turma em período avançado do curso de psicologia, buscou-se: dinamizar os conteúdos a serem trabalhados; instigar o planejamento de carreira; bem como possibilitar que os discentes vislumbrassem a possibilidade de atuarem como orientadores profissionais. Esse momento já contou com a participação da monitora por meio de sugestão de textos, atividades e profissionais a serem convidados para compartilhar experiências com a turma. O processo de discussão em sala, auxílio na elaboração de trabalhos, por parte dos alunos, e realização das atividades também contou com a participação da monitora que, apesar de não ter cursado a disciplina, já contava com experiências de estágio, monitoria e conclusão de componentes curriculares com temáticas similares que possibilitaram certa desenvoltura e segurança na realização das atribuições do monitor. O tripé, autoconhecimento, informações sobre profissões e cenários de trabalho, foi discutido durante os 28 encontros/aula que comporam a disciplina de 60 horas/aula e contou com 14 alunos. As atividades docentes foram organizadas em três momentos, possuindo atividades avaliativas como delimitadoras. A primeira parte contou com discussão de textos e vivências que articulavam-se às temáticas discutidas. A segunda, contou com profissionais convidados que atuavam com a orientação profissional em distintos ambientes como escolas, projetos sociais, programas de qualidade de vida de IES, grandes empresas, entre outros e compartilharam suas práticas e histórias com os discentes. A monitoria contou com imprevistos durante sua realização como os horários do estágio curricular que a discente-monitora estava realizando e que impossibilitaram a sua presença em alguns momentos. Todavia, foi avaliada pela professora, pela monitora e pelos discentes de maneira positiva, recebendo elogios e sugestões, evidenciando a monitoria acadêmica como prática enriquecedora para alunos, professores e, principalmente, para a aluna-monitora, sendo perceptível o desenvolvimento ocorrido quanto à desenvoltura dentro de sala de aula no momento das discussões, à segurança e ao protagonismo sentido, o que tem impacto na elaboração de planos profissionais futuros.
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