A educação inclusiva abrange todos aqueles que outrora foram excluídos do direito a uma educação de qualidade, não somente alunos com necessidades educacionais especiais, apesar deste ser o foco desse trabalho. No Brasil, é uma política ainda em consolidação, e a psicologia, como ciência e profissão, baseada em seu compromisso social tem muito a contribuir com a concretização da inclusão escolar. Dessa maneira, este estudo tem como objetivo geral analisar as técnicas e práticas de inclusão escolar aplicadas pelos psicólogos em escolas da cidade de Teresina-PI, identificando quais ações estes profissionais realizam junto à equipe, os processos de mediação, as formas de atuar que auxiliam os professores em sala de aula e as estratégias de convivência realizadas na escola com vistas à inclusão de alunos que apresentam alguma deficiência, transtorno global do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação. Para alcance desses objetivos, utilizou-se como metodologia a pesquisa de campo, do tipo descritiva, e abordagem predominantemente qualitativa. Foram entrevistados 10 psicólogos escolares educacionais em dez escolas, sendo-lhes aplicados questionários sociodemográficos e entrevistas semiestruturadas. Os dados coletados foram submetidos a análise de conteúdo e, a partir do seu agrupamento, foram obtidas seis categorias que apontam que o psicólogo, junto à equipe escolar, costuma realizar a prática de planejamento de questões pedagógicas e de estratégias que facilitem a aprendizagem e socialização do aluno com necessidades educacionais especiais. Verificou-se que este profissional tem a percepção que a principal dificuldade do professor em relação a inclusão é o manejo de sala de aula, seja por questões pedagógicas ou comportamentais desses alunos. Uma resposta que o psicólogo oferece a essa dificuldade do educador é a formação continuada. Outra prática encontrada foi com relação à ação direta que o profissional da psicologia tem diante do aluno que apresenta NEE as quais foram mais direcionadas a intervenções que favorecem o processo de ensino-aprendizagem, como o acompanhamento em sala de aula e adaptação de atividades e provas. Percebeu-se que o psicólogo assume uma função mediadora com todos da comunidade escolar e com os profissionais externos que atendem esses alunos. Por último, as ações de convivência mais eficazes no processo de inclusão de alunos que apresentam NEE, segundo os entrevistados, são aquelas que acontecem para todos no cotidiano escolar, como as atividades culturais, projetos com a família, projetos de convivência e outras que se apresentaram no discurso dos participantes.
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
