Janaina Cacia Cavalcante Araujo , Kelsiane Aparecida de Oliveira Mattos Pereira
Annie Gomes Redig , Neuzilene Ferreira Nascimento Burock
Marco Aurélio Pereira Vasconcelos
TIPHANIE SOARES BRUM
Luciana Teixeira Bernardo , Patricia Soares de Pinho Gonçalves
Bruna Flores Prates , Lucas Cavalheiro Laganá , Natália Ferreira da Cunha
Raquel Araujo Costa
Cleisson Rodrigo da Rocha , Julianne Viana Guerra , Maria Vitória Soares
Suzanli Estef , Thayane Azevedo Pereira de Souza
Daiana Pilar Andrade de Freitas Silva , Débora de Souza Santos Madeira , SHEILA MARTINS DOS SANTOS
Maria Clara Grivelli Trindade , Pâmela dos Santos Silva
Clara Sabino dos Reis , Flávia Barbosa da Silva Dutra , Miguel Longo Vieira Vidal do Rosario
Arina Martins Cardoso , Luísa Freitas dos Anjos , Patrícia da Silva Rocha
Cristina Angélica Aquino de Carvalho Mascaro
Alícia Carrilho Gomes , Millena Coelho dos Santos
Roberta Bezerra Brite
Felipe Di Blasi , Midiã Moreira Oliveira Ramos , Susana Lima de Queiroz Pontes de Araujo
Suzanli Estef , Taili Cristini dos Prazeres Costa Rosa
Mariana Farinha Lasmar , Rayane Pereira do Nascimento
Maria Alice de Barros Manhanini Suomela , Verônica Folla Souto Patrone
Antonia Regina Ribeiro Leal
Adriana da Silva Maria Pereira
Gilton Francisco Sousa de Andrade
XII SEMINÁRIO INTERNACIONAL AS REDES EDUCATIVAS E AS TECNOLOGIAS: Tessituras de solidariedade e de convivências nos diferentes espaçostempos educativos
Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. (...) Definitivamente não somos iguais, e é maravilhoso saber que cada um de nós que está aqui é diferente do outro, como constelações. O fato de podermos compartilhar esse espaço, de estarmos juntos viajando não significa que somos iguais; significa exatamente que somos capazes de atrair uns aos outros pelas nossas diferenças, que deveriam guiar o nosso roteiro de vida. (Ailton Krenak, 2020, p. 14/15)
O XII Seminário Internacional As Redes educativas e as tecnologias: tessituras de solidariedade e de convivências nos diferentes espaçostempos educativos, é a décima segunda edição do evento bienal que vem estabelecendo diálogos entre pesquisas desenvolvidas no Brasil e no exterior relacionada às diferentes formas de existência numa sociedade onde todas, todos e todes tenham seus direitos garantidos e mantidos através do fortalecimento da democracia e do acesso e permanência aos processos formais de educação.
Temos acompanhado impactados a crescente onda de violência que vem atingindo várias instâncias sociais, entre elas as instituições educativas. Tais ações levam ao recrudescimento de lógicas e práticas de não reconhecimento da legitimidade “da outra, do outro e de outre” e, assim, naturalizando-se a sua extinção. No extremo, as premissas de eliminação das diferenças em que o conservadorismo ressoa como pauta das ações políticas e comportamentos sociais, tornam as práticas docentes alvos de questionamentos, perseguições e ataques. Somos, então, alvos, justamente por problematizarmos a progressiva desautorização da autonomia e do saber profissional docente, embates que estão intensificados tanto na produção dos currículos, quanto nas práticas cotidianas, tensão essa que vem se disseminando com o recrudescimento dos pensamentos e ações conservadoras (LACERDA, 2019). Essa intensificação dos conservadorismos, em nossa compreensão, vem atingindo diversos espaçostempossociais e trazendo questões que se referem ao debate sobre os sentidos da educação escolarizada e dos conhecimentossignificações produzidos nos currículos. No atual contexto, a complexidade das práticas docentes e curriculares nos cotidianos das escolas vem sendo atravessada por pautas do conservadorismo, ou que se utilizam de discursos e sentidos mais conservadores para dissimular projetos de sociedade pautados em premissas ultraliberais, que impõem perdas significativas de direitos e da própria ideia de direito à população (MOURA, 2018; GARCIA e GOUVÊA, 2018). Um dos pontos comuns aos projetos de poder dos setores que se aliaram em torno da anulação das pautas de democratização, parece enfraquecer a legitimidade das lutas por direitos ou mesmo do direito a ter direitos.
Como contraponto a tudo o que temos vivido nos últimos anos, o XII Seminário Redes foi um espaço de encontros solidários, onde práticas de valorização do estarmos juntos se tornaram centrais. Inspirados pela certeza de que o caminho se constrói no caminhar coletivo (PAIS, 2003), refletimos juntos sobre as diversas redes de aprendizagens culturais que emergem das vivências cotidianas. Essas redes, ao circularem outras lógicas, sentidos, significados, saberes e práticas, revelaram-se capazes de alimentar deslocamentos necessários em tempos de violência, desde que percebidas e visibilizadas.
Durante o seminário, os diálogos promovidos por nossas pesquisas contribuíram para explorar práticas mais solidárias e convivências mais dialogais e coletivas, atingindo os objetivos desta edição, que foram: debater o contexto de ódio e violência presente na sociedade brasileira e outros contextos internacionais, seus reflexos nos espaços educativos; socializar formas de solidariedade e bem-viver identificadas em nossas pesquisas nas universidades, considerando as conjunturas atuais; discutir formas de resistência aos discursos e práticas de ódio e violência que permeiam os espaços educativos e as relações sociais; investigar o extremismo contemporâneo, especialmente em relação ao seu impacto entre jovens adolescentes e à disseminação de atos de violência ideologicamente motivados; e debater pesquisas recentes sobre políticas e ações educativas contraextremistas.
O evento reafirmou o potencial transformador do diálogo, das práticas solidárias e das tessituras coletivas como resposta aos desafios de nosso tempo, por meio de uma programação diversificada composta por atividades acadêmicas e culturais realizadas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com transmissão simultânea pelo canal do evento no YouTube.
O Seminário contou com mais de 1.000 participantes inscritos, 446 trabalhos apresentados nas modalidades virtual e presencial, 10 oficinas, 9 mesas redondas presenciais e 11 comunicações encomendadas online, que incluíram tradução em Libras, inglês e francês. Entre os participantes, destacaram-se 13 convidados estrangeiros de diversos países e universidades. Além disso, a programação do Seminário incluiu as reuniões da Associação Brasileira de Currículo (ABdC) e do GE Cotidianos: éticas, estéticas e políticas (ANPEd).
As atividades culturais foram um destaque do evento. Durante a abertura, ocorreram a palestra do professor e escritor indígena Daniel Munduruku e a apresentação do coro Coroá Canto Coral, sob a regência de Ignez Perdigão. Também foram lançados 30 livros que abordam temas como cotidianos, memórias docentes, práticas pedagógicas e resistências. A programação incluiu ainda a II Mostra Audiovisualidades Negras, que trouxe reflexões urgentes a partir da perspectiva da negritude como um ponto de partida potente para repensar nosso cotidiano e imaginário. O encerramento foi marcado pela apresentação da Bateria Feminina Fina Batucada, sob a regência de Mestre Ryco.
Animados pelo que os dias de evento trouxeram de conhecimentos, inspirações, questões e experiências, convidamos à leitura dos textos que compõem os Anais do XII Seminário Internacional As Redes educativas e as tecnologias: tessituras de solidariedade e de convivências nos diferentes espaçostempos educativos.
Alexandra Garcia
Denize Sepulveda
Gustavo Coelho
REFERÊNCIAS
GARCIA, A.; GOUVÊA, T. da “Furando “a grande onda”: tensões e sentidos de docência e currículos frente ao conservadorismo. Communitas, [S. l.], v. 2, n. Esp, p.28–46, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/2226. Acesso em: 7 jun. 2023.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LACERDA, M. B. O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Porto Alegre: Zouk, 2019.
MOURA, F. P. Conservadorismo cristão e perseguição aos estudos de gênero C: a quarta versão da BNCC. Communitas, v. 2, 2018.
PAIS, J. M. Vida cotidiana: enigmas e revelações. São Paulo: Cortez, 2003.
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Comissão Organizadora
Creare Solutions
Comissão Organizadora
Denize Sepulveda
Gustavo Coellho
Alexandra Garcia Ferreira Lima
LIVIA MARTINS BARBOSA PEREIRA
Evelyn Louise do Carmo Barcellar
Rafaela da Costa Fernandes
Jamily Pereira Pinto
Isabella de Fátima Siqueira Barboza
Rafaella Mattos
Comissão Científica
MARISTELA PETRY CERDEIRA
Saulo Quintanilha
Luciana Velloso
Maria Celi Vasconcelos
Talita Vidal Pereira
Flávia Barbosa da Silva Dutra
Dilton Ribeiro Couto Junior
Adriana Almeida
Gilcilene de Oliveira Damasceno Barao
Andrea da Paixão Fernandes