Do rascunho a tela: um olhar filológico para a leitura de textos literários na Educação Básica

  • Autor
  • Elizabeth Mota Nazareth de Almeida
  • Co-autores
  • Patrício Nunes Barreiros
  • Resumo
  • O livro didático, apesar de não ser o único, ainda é considerado como uma importante fonte de consulta em sala de aula. Mais especificamente, em livros didáticos de Língua Portuguesa, o texto literário é transmitido na íntegra ou em fragmentos, proporcionando o contato dos alunos, em muitos casos, à primeira leitura de algumas das mais conhecidas obras literárias. Além disso, por meio da internet, os textos literários apresentam-se em diferentes suportes, assumindo inclusive características do meio digital. Entretanto, uma vez que muitos desses textos não foram criados para o ambiente virtual, mas antes, referem-se a manuscritos ou ainda a publicações impressas que, provavelmente, foram revisados e modificados por seus autores e editores até chegarem às mãos de seus leitores, discute-se, neste trabalho, as implicações filológicas presentes na transposição de textos literários apresentados e referenciados pelo livro didático de Língua Portuguesa, a partir de um olhar humanista de leitura, traçando um paralelo entre suas características multimodais e hipertextuais em diferentes suportes (papel e tela), considerando ainda de que maneira essa transposição implica a formação de sentido. Para isso, foram analisados os textos literários presentes no ambiente digital, apresentados pelo livro didático de Língua Portuguesa para o 1º ano do Ensino Médio, intitulado Português Contemporâneo: Diálogo, reflexão e uso, de William Cereja, Carolina Dias Vianna e Christiane Damien Codenhoto, publicado em 2016. Como apoio teórico, levou-se em consideração o que versam autores como Petrucci (1992), Chartier (2002), Said (2007) e Borges e Souza (2012) para discutir os aspectos filológicos na leitura de textos literários na Educação Básica. Foram utilizados ainda autores como Chartier (1999; 2001), Lévy (1999), Dionísio (2006) e Coscarelli (2009), que auxiliaram na compreensão das características dos textos presentes no meio digital, além de Santaella (2004) que aborda questões a respeito do perfil do (hiper)leitor contemporâneo. A partir desse aporte teórico, foram analisadas as características dos textos literários nos suportes impressos e digitais, bem como discutido o papel do leitor contemporâneo, buscando com isso apontar caminhos possíveis para o desenvolvimento de materiais didáticos que contemplem a formação leitora e as necessidades de aprendizagem de alunos inseridos em uma sociedade tecnológica digital.

  • Palavras-chave
  • Filologia, língua portuguesa, literatura, livro didático, hipermídias.
  • Área Temática
  • ARQUIVÍSTICA LITERÁRIA, CRÍTICA TEXTUAL E GENÉTICA: DO PRÉ-TEXTO AO PÓS-TEXTO
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O Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI promoveu o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia em Teresina-PI, ocorrido nos dias 24, 25 e 26 de março de 2021, visando difundir as pesquisas sobre gênese da criação e arquivologia, além de prestar homenagem aos 10 anos do Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI – um dos núcleos de pesquisa em crítica genética no Brasil. Esse evento bienal reuniu pesquisadores de todo o país e é organizado dentro das diretrizes nacionais dos estudos do processo de criação na literatura; nas artes em geral, e ainda nos estudos da arquivologia. Em sua quinta edição, o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia teve como sede a UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, numa organização de Extensão e Pesquisa em Literatura do Grupo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA, ligado à Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UESPI. Nesse sentido, o V Simpósio Nacional em Crítica Genética e Arquivologia foi organizado em torno da perspectiva de discussão sobre o papel da crítica textual, da publicação de textos e do arquivamento destes, do processo de criação nas artes, da importância das fontes históricas e da edição crítica como produto final do estudo do manuscrito a ser publicado. Além disso, reforçou também as abordagens teóricas do conhecimento científico que ajudam a entender o processo criador e arquivístico, dentre elas: História da Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, História, Sociologia, Educação, Biblioteconomia e Arquivologia. Nesse ínterim, o formato prevê conferências, mesas-redondas, oficinas e simpósios temáticos.

Os Anais do V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia reúne inicialmente os resumos dos trabalhos apresentados ao longo do evento, distribuindo-se em simpósios temáticos coordenados por pesquisadores de todo o Brasil. Os simpósios temáticos abrangeram elementos específicos referentes à edição crítica e à publicação dos mais diversos textos.

Editor(a)

Márcia Edlene Mauriz Lima

 

Corpo Editorial

Lanna Caroline Almeida (UFPI)

Lueldo Teixeira Bezerra (Centro Universitário Maurício de Nassau/PI)

Raimunda Celestina Mendes da Silva (UESPI-PI/NEMA)

Aparecido José Cirillo (UFES)

Eduardo Calil (UFAL/CNPq)

Rosângela Pereira de Sousa (UESPI)

Maria do Amparo Ferro (UFPI)

Assunção de Maria Sousa e Silva (UESPI/UFPI)

Raffaella Fernandez (UFRJ/PACC)

Sergio Romanelli (UFSC)

Christiane Stallaert (Antwerpen Universiteit)

Edina Regina Pugas Panichi (UEL)

Livia Sprizão de Oliveira (UEL)

Rosa Borges dos Santos (UFBA)

Mabel Meira Mota (UFBA)

Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)

Paula Guerra (Universidade do Porto)

Douglas De Sousa (UEMA)

Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)

Henrique Borralho (UEMA)

Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)

Elizabeth Hazin (UnB)

Maria Aracy Bonfim (UFMA)

Cacio José Ferreira (UFAM)

Francisco Hudson Pereira da Silva (NEMA/UESPI)

 

Diagramação

Francisco Hudson Pereira da Silva

 

Revisão

Os autores.

 

Periodicidade

Bianual

 

Núcleo de Estudos em Memória e Acervo - NEMA/UESPI

R. João Cabral - Matinha, Teresina - PI, 64002-150 - Teresina - Piauí

Telefone: (86) 3213-7441