Godofredo Rangel na imprensa: fontes, itinerários e perspectivas

  • Autor
  • Camila Russo de Almeida Spagnoli
  • Resumo
  •  

    O escritor Godofredo Rangel (1884-1951) logrou espaço em jornais e revistas para promover a circulação de sua literatura. Apenas uma pequena parcela dos periódicos que acolheram seus escritos foi registrada em Godofredo Rangel, biografia assinada por Enéas Athanázio, publicada em 1977 e reeditada, com acréscimos, sob o título O amigo escrito, em 1988.

    A pesquisa de doutoramento perscrutou diversas fontes documentais, objetivando captar uma extensiva relação de composições rangelinas na imprensa e sinalizar a abrangência da atuação do escritor na cena literária. Deste modo, localizou registros em aproximadamente meia centena de periódicos, integrando a lista órgãos de expressiva tiragem e em circulação até os dias de hoje, como também folhas de menor alcance, locais ou de vida curta, nacionais e uma estrangeira. Godofredo Rangel assinou contos, novelas, romances, crônicas, artigos, críticas, resenhas, notas e traduções, experimentando diferentes gêneros literários e jornalísticos.

    Em páginas periódicas despontaram uma primeira versão integralmente impressa dos romances Vida ociosa (1920) e Falange gloriosa (1953), bem como fragmentos de Os bem casados (1954), os dois últimos títulos apenas postumamente lançados em volume. As coletâneas Andorinhas (1924) e Os humildes (1944) deram guarida à parte da produção contística espalhada na imprensa. Em contrapartida, identificaram-se trabalhos que permaneceram guardados exclusivamente nos jornais e revistas, como o conjunto não ficcional e algumas narrativas.

    Embora o ficcionista nascido na cidade de Três Corações (MG) tenha ocupado cadeira na Academia Mineira de Letras, poucos estudos detiveram-se em sua produção literária. À partir de um exaustivo levantamento empreendido em arquivos institucionais e digitais, somado aos registros detectados nas cartas que o também escritor Monteiro Lobato (1882-1948) endereçou a Rangel, coligidas em A barca de Gleyre (1944), a pesquisa traçou um mapeamento da vasta produção do autor de Vida ociosa espraiada em diversos periódicos brasileiros e estrangeiros. A comunicação tenciona, portanto, discutir caminhos, métodos e ferramentas empregados ao longo da investigação que permitiram compulsar fontes e lançar luz a um consistente panorama do periodismo de Rangel, ampliando sua fortuna crítica.

  • Palavras-chave
  • Godofredo Rangel, Literatura Brasileira, Periodismo, Crítica Genética, Fontes, Métodos.
  • Área Temática
  • ENTRE HISTÓRIA E SOCIOLOGIA: FONTES, MÉTODOS E PROCESSOS CRIATIVOS
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O Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI promoveu o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia em Teresina-PI, ocorrido nos dias 24, 25 e 26 de março de 2021, visando difundir as pesquisas sobre gênese da criação e arquivologia, além de prestar homenagem aos 10 anos do Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI – um dos núcleos de pesquisa em crítica genética no Brasil. Esse evento bienal reuniu pesquisadores de todo o país e é organizado dentro das diretrizes nacionais dos estudos do processo de criação na literatura; nas artes em geral, e ainda nos estudos da arquivologia. Em sua quinta edição, o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia teve como sede a UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, numa organização de Extensão e Pesquisa em Literatura do Grupo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA, ligado à Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UESPI. Nesse sentido, o V Simpósio Nacional em Crítica Genética e Arquivologia foi organizado em torno da perspectiva de discussão sobre o papel da crítica textual, da publicação de textos e do arquivamento destes, do processo de criação nas artes, da importância das fontes históricas e da edição crítica como produto final do estudo do manuscrito a ser publicado. Além disso, reforçou também as abordagens teóricas do conhecimento científico que ajudam a entender o processo criador e arquivístico, dentre elas: História da Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, História, Sociologia, Educação, Biblioteconomia e Arquivologia. Nesse ínterim, o formato prevê conferências, mesas-redondas, oficinas e simpósios temáticos.

Os Anais do V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia reúne inicialmente os resumos dos trabalhos apresentados ao longo do evento, distribuindo-se em simpósios temáticos coordenados por pesquisadores de todo o Brasil. Os simpósios temáticos abrangeram elementos específicos referentes à edição crítica e à publicação dos mais diversos textos.

Editor(a)

Márcia Edlene Mauriz Lima

 

Corpo Editorial

Lanna Caroline Almeida (UFPI)

Lueldo Teixeira Bezerra (Centro Universitário Maurício de Nassau/PI)

Raimunda Celestina Mendes da Silva (UESPI-PI/NEMA)

Aparecido José Cirillo (UFES)

Eduardo Calil (UFAL/CNPq)

Rosângela Pereira de Sousa (UESPI)

Maria do Amparo Ferro (UFPI)

Assunção de Maria Sousa e Silva (UESPI/UFPI)

Raffaella Fernandez (UFRJ/PACC)

Sergio Romanelli (UFSC)

Christiane Stallaert (Antwerpen Universiteit)

Edina Regina Pugas Panichi (UEL)

Livia Sprizão de Oliveira (UEL)

Rosa Borges dos Santos (UFBA)

Mabel Meira Mota (UFBA)

Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)

Paula Guerra (Universidade do Porto)

Douglas De Sousa (UEMA)

Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)

Henrique Borralho (UEMA)

Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)

Elizabeth Hazin (UnB)

Maria Aracy Bonfim (UFMA)

Cacio José Ferreira (UFAM)

Francisco Hudson Pereira da Silva (NEMA/UESPI)

 

Diagramação

Francisco Hudson Pereira da Silva

 

Revisão

Os autores.

 

Periodicidade

Bianual

 

Núcleo de Estudos em Memória e Acervo - NEMA/UESPI

R. João Cabral - Matinha, Teresina - PI, 64002-150 - Teresina - Piauí

Telefone: (86) 3213-7441