O graffiti está sendo entendido a cada dia mais como uma forma de expressão não permanente de intervenção nas cidades contemporâneas. Mesmo tendo ainda seu caráter marginal e transgressor, por mais que se apague, no próximo dia estará lá persistindo na cidade.
Tanto em sua forma mais política, quanto em suas manifestações mais estéticas, o trabalho, regularmente associado a uma expressão instantânea, sem planejamento prévio, requer um alto grau de previsões que auxiliam esse artista a elaborar o projeto poético de sua intervenção.
Inicialmente relacionados diretamente às questões da esfera pública, alguns dos sujeitos do graffiti tem em suas práxis de criação um caderno de desenho no qual se estabelecem inter-relações com outros sujeitos do movimento através do colecionismo. Desta forma, retiram-se desenhos, adesivos e assinaturas. Um mundo à parte deste caderno. Ele também mapeia e insere na cena diversos elementos do graffiti como estilos tipográficos, acessórios, materiais, locais e momentos.
O “blackbook” é uma espécie de caderno de anotação, de desenho e de colecionismo, utilizado pelo grafiteiro com esta finalidade projetual. Sua materialidade e interatividade, entretanto, são diversos pois cabe ao seu dono determiná-la. É então esse sujeito que define o seu modo de uso e as suas inserções. Daí temos então um espaço-lugar que o sujeito inserido nesse cenário do graffiti se envolve e cria. É a partir dessa criação-interação que o blackbook vai sendo criado.
Essa pesquisa busca apresentar algumas das materialidades que caracterizam esses “cadernos de desenho” nominados de blackbooks. O material utilizado neste estudo integra o corpus de minha dissertação de mestrado e foi coletado no ano de 2018, nas cidades de Serra, Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo, com grafiteiros que estão inseridos no movimento cultural do graffiti.
O Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI promoveu o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia em Teresina-PI, ocorrido nos dias 24, 25 e 26 de março de 2021, visando difundir as pesquisas sobre gênese da criação e arquivologia, além de prestar homenagem aos 10 anos do Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI – um dos núcleos de pesquisa em crítica genética no Brasil. Esse evento bienal reuniu pesquisadores de todo o país e é organizado dentro das diretrizes nacionais dos estudos do processo de criação na literatura; nas artes em geral, e ainda nos estudos da arquivologia. Em sua quinta edição, o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia teve como sede a UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, numa organização de Extensão e Pesquisa em Literatura do Grupo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA, ligado à Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UESPI. Nesse sentido, o V Simpósio Nacional em Crítica Genética e Arquivologia foi organizado em torno da perspectiva de discussão sobre o papel da crítica textual, da publicação de textos e do arquivamento destes, do processo de criação nas artes, da importância das fontes históricas e da edição crítica como produto final do estudo do manuscrito a ser publicado. Além disso, reforçou também as abordagens teóricas do conhecimento científico que ajudam a entender o processo criador e arquivístico, dentre elas: História da Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, História, Sociologia, Educação, Biblioteconomia e Arquivologia. Nesse ínterim, o formato prevê conferências, mesas-redondas, oficinas e simpósios temáticos.
Os Anais do V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia reúne inicialmente os resumos dos trabalhos apresentados ao longo do evento, distribuindo-se em simpósios temáticos coordenados por pesquisadores de todo o Brasil. Os simpósios temáticos abrangeram elementos específicos referentes à edição crítica e à publicação dos mais diversos textos.
Editor(a)
Márcia Edlene Mauriz Lima
Corpo Editorial
Lanna Caroline Almeida (UFPI)
Lueldo Teixeira Bezerra (Centro Universitário Maurício de Nassau/PI)
Raimunda Celestina Mendes da Silva (UESPI-PI/NEMA)
Aparecido José Cirillo (UFES)
Eduardo Calil (UFAL/CNPq)
Rosângela Pereira de Sousa (UESPI)
Maria do Amparo Ferro (UFPI)
Assunção de Maria Sousa e Silva (UESPI/UFPI)
Raffaella Fernandez (UFRJ/PACC)
Sergio Romanelli (UFSC)
Christiane Stallaert (Antwerpen Universiteit)
Edina Regina Pugas Panichi (UEL)
Livia Sprizão de Oliveira (UEL)
Rosa Borges dos Santos (UFBA)
Mabel Meira Mota (UFBA)
Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)
Paula Guerra (Universidade do Porto)
Douglas De Sousa (UEMA)
Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)
Henrique Borralho (UEMA)
Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)
Elizabeth Hazin (UnB)
Maria Aracy Bonfim (UFMA)
Cacio José Ferreira (UFAM)
Francisco Hudson Pereira da Silva (NEMA/UESPI)
Diagramação
Francisco Hudson Pereira da Silva
Revisão
Os autores.
Periodicidade
Bianual
Núcleo de Estudos em Memória e Acervo - NEMA/UESPI
R. João Cabral - Matinha, Teresina - PI, 64002-150 - Teresina - Piauí
Telefone: (86) 3213-7441