O Projeto Vidas Paralelas (PVP), criado em 2008, busca revelar o cotidiano de vida, cultura e trabalho a partir do olhar dos sujeitos pertencentes a diferentes grupos sociais, especificamente de trabalhadores, povos indígenas, camponeses, sujeitos em sofrimento mental e migrantes, por meio da produção e compartilhamento de imagens em uma rede social e em espaços socioculturais que favoreçam a reflexão, a participação social e a construção de políticas públicas. Ressalta-se que o método do PVP foi construído em parceria entre a Universidade de Brasília e dezenas de movimentos sociais que participaram ao longo de mais de uma década dos percursos trilhados. A metodologia apresenta alguns princípios teórico-metodológicos estruturantes, tais como: a) centralidade do “olhar” dos próprios sujeitos da ação; b) linguagem imagética como elemento metodológico norteador dos processos; c) perspectiva da educação popular com base em Paulo Freire (1994). É importante assinalar que, ao longo de todo processo de construção do método do PVP e em consonância com os princípios anteriormente mencionados, o projeto sempre comportou margens de adaptações e buscou autores capazes de iluminar o cenário social desvelado, bem como elementos explicativos acerca do próprio método que foi se construindo. Assim, o PVP ancora-se em autores como Freire (1987), Rancière (2012) e Didi-Hubermann (2008), para citar alguns. Cabe dizer que o PVP sempre incluiu uma etapa final constituída pela organização coletiva e realização de Exposição Fotográfica, com o objetivo de dar visibilidade às realidades desveladas pelo projeto, pautar as questões no conjunto das sociedades e favorecer os processos de emancipação social dos coletivos participantes. Desse modo, ao longo de doze anos, foram realizadas dezenas de Exposições Fotográficas em diversos países, tais como: Brasil, Colômbia, França, Portugal e México. Cada uma delas revelou olhares distintos e realidades próprias inerentes aos diferentes contextos de vida dos trabalhadores, povos indígenas, camponeses, sujeitos em sofrimento mental e migrantes. Este trabalho visa cartografar as Exposições Fotográficas do Projeto Vidas Paralelas, entre 2008 e 2020, afim de refletir sobre os processos de construção, realidades e conteúdos revelados, bem como discutir a importância das artes enquanto dispositivos emancipatórios.
O Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI promoveu o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia em Teresina-PI, ocorrido nos dias 24, 25 e 26 de março de 2021, visando difundir as pesquisas sobre gênese da criação e arquivologia, além de prestar homenagem aos 10 anos do Núcleo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA/UESPI – um dos núcleos de pesquisa em crítica genética no Brasil. Esse evento bienal reuniu pesquisadores de todo o país e é organizado dentro das diretrizes nacionais dos estudos do processo de criação na literatura; nas artes em geral, e ainda nos estudos da arquivologia. Em sua quinta edição, o V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia teve como sede a UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, numa organização de Extensão e Pesquisa em Literatura do Grupo de Estudos em Memória e Acervos – NEMA, ligado à Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UESPI. Nesse sentido, o V Simpósio Nacional em Crítica Genética e Arquivologia foi organizado em torno da perspectiva de discussão sobre o papel da crítica textual, da publicação de textos e do arquivamento destes, do processo de criação nas artes, da importância das fontes históricas e da edição crítica como produto final do estudo do manuscrito a ser publicado. Além disso, reforçou também as abordagens teóricas do conhecimento científico que ajudam a entender o processo criador e arquivístico, dentre elas: História da Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, História, Sociologia, Educação, Biblioteconomia e Arquivologia. Nesse ínterim, o formato prevê conferências, mesas-redondas, oficinas e simpósios temáticos.
Os Anais do V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia reúne inicialmente os resumos dos trabalhos apresentados ao longo do evento, distribuindo-se em simpósios temáticos coordenados por pesquisadores de todo o Brasil. Os simpósios temáticos abrangeram elementos específicos referentes à edição crítica e à publicação dos mais diversos textos.
Editor(a)
Márcia Edlene Mauriz Lima
Corpo Editorial
Lanna Caroline Almeida (UFPI)
Lueldo Teixeira Bezerra (Centro Universitário Maurício de Nassau/PI)
Raimunda Celestina Mendes da Silva (UESPI-PI/NEMA)
Aparecido José Cirillo (UFES)
Eduardo Calil (UFAL/CNPq)
Rosângela Pereira de Sousa (UESPI)
Maria do Amparo Ferro (UFPI)
Assunção de Maria Sousa e Silva (UESPI/UFPI)
Raffaella Fernandez (UFRJ/PACC)
Sergio Romanelli (UFSC)
Christiane Stallaert (Antwerpen Universiteit)
Edina Regina Pugas Panichi (UEL)
Livia Sprizão de Oliveira (UEL)
Rosa Borges dos Santos (UFBA)
Mabel Meira Mota (UFBA)
Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)
Paula Guerra (Universidade do Porto)
Douglas De Sousa (UEMA)
Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)
Henrique Borralho (UEMA)
Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)
Elizabeth Hazin (UnB)
Maria Aracy Bonfim (UFMA)
Cacio José Ferreira (UFAM)
Francisco Hudson Pereira da Silva (NEMA/UESPI)
Diagramação
Francisco Hudson Pereira da Silva
Revisão
Os autores.
Periodicidade
Bianual
Núcleo de Estudos em Memória e Acervo - NEMA/UESPI
R. João Cabral - Matinha, Teresina - PI, 64002-150 - Teresina - Piauí
Telefone: (86) 3213-7441