RELAÇÕES BIOGEOGRÁFICAS ENTRE CARIBE E BRASIL: A FOZ DO RIO AMAZONAS ESTARIA ATUANDO COMO BARREIRA DE DISPERSÃO?

  • Autor
  • Alan Dias
  • Co-autores
  • Ulisses Pinheiro
  • Resumo
  • A relação entre as espongiofaunas brasileira e caribenha foi inicialmente comentada por Collette & Rutzler (1977), onde os autores discutem sobre uma descontinuidade da fauna marinha, inclusive a espongiofauna, entre Caribe e Brasil causado pelo alto fluxo de água doce proveniente do Amazonas, associado a forte Corrente das Guianas, e consideraram a área como uma barreira para dispersão de espécies. Outros estudos também associam o fluxo proveniente do Rio Orinoco como fator agravante na criação desta barreira de dispersão, nomeando esta barreira de Barreira Amazonas-Orinoco". Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de realizar uma análise biogeográfica das espongiofaunas caribenhas e brasileiras com o intuito de identificar uma possível atuação da Pluma do Rio Amazonas como barreira de dispersão. Adicionalmente, uma das propostas é comparar as definições de províncias e ecorregiões propostas na bibliografia e concluir se as mesmas também podem ser aplicadas à espongiofauna. Dados sobre distribuição das espécies brasileiras foram reunidos da literatura, principalmente Muricy et al., 2023, assim como os dados já analisados por Annunziata (2019). Já os dados referentes às espécies caribenhas foram obtidos através do World Porifera Database. Em um primeiro momento, será discutida a análise feita a partir do banco de dados de espécies caribenhas, que se encontra com 820 espécies, totalizando 3.522 ocorrências de espécies ao longo dessa região. Com estes dados uma análise inicial foi feita, adicionando dados referentes à Plataforma Guianense à matriz de presença e ausência, e um dendograma UPGMA foi construído. Para a análise entre Caribe-Brasil, optarmos por agrupar as localidades caribenhas em unidades maiores e estas foram as ecorregiões propostas por Spalding et al. (2007). Comparamos estas ecorregiões com a área da Plataforma Guianense (GUI) e com os estados brasileiros que correspondem a Foz do Rio Amazonas e suas cercanias: Amapá (AP), Pará (PA) e Maranhão (MA). Adicionalmente foram adicionados dados do Nordeste Setentrional: Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB). Até o momento as análises mostram que as definições de províncias e ecorregiões propostas por Spalding et al. 2007 são as mais adequadas à espongiofauna, pois o dendrograma de espécies mostra agrupamentos que correspondem as províncias e ecorregiões propostas na publicação. Quanto a comparação de biodiversidades Caribe-Brasil, já é possível observar indícios de uma separação, que pode ser causada pela barreira formada pela foz do Rio Amazonas. Contudo, como o agrupamento formado pelos estados brasileiros ainda possui alguns índices de suportes mais baixos talvez seja prematura concluir isto. Estes índices mais baixos podem estar sendo causados pela subamostragem dos estados da Região Norte e Maranhão, que possui uma biodiversidade menos conhecida graças a localidades de difícil acesso e escassez de especialistas nas regiões.

  • Palavras-chave
  • Biogeografia; Porifera; Caribe
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Biogeografia
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