FATORES AMBIENTAIS OU ESPACIAIS: QUAL EXERCE MAIOR EFEITO NA MONTAGEM E NA DISTRIBUIÇÃO DE ATRIBUTOS FUNCIONAIS DISPERSIVOS DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS ESTUARINOS?

FATORES AMBIENTAIS OU ESPACIAIS: QUAL EXERCE MAIOR EFEITO NA MONTAGEM E NA DISTRIBUIÇÃO DE ATRIBUTOS FUNCIONAIS DISPERSIVOS DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS ESTUARINOS?

• Autor
• Maria Eduarda Santana Veríssimo
• Co-autores
• Carlinda Railly Medeiros , Joseline Molozzi
• Resumo

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  Em ecossistemas dinâmicos e variáveis, como os estuários, a dispersão pode desempenhar um papel fundamental na manutenção da diversidade. Nesse sentido,  buscamos avaliar quais fatores, ambientais ou espaciais estão estruturando os atributos funcionais relacionados a dispersão da comunidade macrobentônica no período de maior e menor precipitação em estuários tropicais (Mamanguape, Paraíba e Passos) localizados no nordeste brasileiro. Com isso, definimos quatro zonas amostrais subtidais ao longo de um gradiente ambiental, mensurando três pontos amostrais equidistantes, com três réplicas cada uma. Nos pontos coletamos, mensuramos as variáveis físicas, químicas, composição granulométrica e a comunidade macrobentônica. Para avaliar o potencial dispersivo da comunidade, poliquetas e moluscos, usamos quatro características funcionais com 14 categorias que melhor representam o potencial dispersivo da macrofauna estuarina como, o desenvolvimento larval, fecundidade, tamanho do corpo e mobilidade. Dessa forma usamos a análise de redundância funcional (pRDA) para avaliar o efeito das variáveis ambientais e espaciais (com base nas coordenas de longitude e latitude) nas características funcionais de poliquetas e moluscos. As variáveis ambientais e o espaço tiveram influência na distribuição das características funcionais dispersivas dos macroinvertebrados nos estuários estudados, sua baixa capacidade de locomoção torna-os suscetíveis às condições locais, tornando as variáveis ambientais de extrema importância na estruturação da comunidade em ecossistemas estuarinos em maior extensão espacial. O espaço geográfico demonstrou uma relação significativa com a distribuição dos atributos dispersivos, impulsionada pela presença de um gradiente ambiental bem definido nos estuários, proporcionando regiões localizadas a curtas distâncias geográficas serem ambientalmente similares e, por conseguinte, adequadas para abrigar grupos de espécies funcionalmente similares. Durante o período de maior precipitação, o estuário Paraíba apresentou o ambiente como maior influencia nos atributos dispersivo. Estudos revelam que eventos chuvosos pontuais causam respostas de curta duração nos estuários, resultando em mudanças hidrológicas e morfológicas que acentuam o impacto humano, especialmente esse estuário, que está localizado em uma área urbana. Porem durante o período de menor precipitação pluvial, o estuário Mamanguape apresentou o espaço como maior influencia nos atributos funcionais, visto que a salinidade tende a aumentar neste período intensificando as variação longitudinal nos estuários, levando a uma maior influência dos atributos funcionais pela variação espacial. Portando, o ambiente compartilhado exerceu influência na distribuição dos atributos funcionais dispersivos da comunidade bentônica em ambos períodos sazonais, com excessos supracitadas, devido as condições ambientais bem definidas longitudinalmente nos estuários estudados. Diante disso, recomenda-se realizar uma avaliação de longo prazo para obter uma compreensão mais aprofundada dos padrões temporais nas características dispersivas dos macroinvertebrados estuarinos e sua distribuição espacial ao longo do gradiente estuarino, visto que, essa abordagem possibilitará a identificação da conexão entre a distribuição das espécies e os processos ecológicos que influenciam tais distribuições.

• Palavras-chave
• Dispersão, poliquetas, moluscos, estuários tropicais, macrofauna bentônica
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Ecologia Geral

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