TRADE-OFF ENTRE COLORAÇÃO DO QUELÍPODO E DA CARAPAÇA NA COMUNICAÇÃO DE CARANGUEJOS CHAMA-MARÉS

  • Autor
  • Thiago de Freitas Cordeiro
  • Co-autores
  • Diogo Jackson de Aquino Silva , Marília Fernandes Erickson , Daniel Marques de Almeida Pessoa
  • Resumo
  •  

    A coloração corporal dos animais pode possuir funções para comunicação intraespecíficas ou interações interespecíficas de presa-predador. Em uma comunicação animal, a cor pode significar qualidade reprodutiva, competitiva e genética, o qual pode sofrer influência da seleção sexual. Por outro lado, a cor corporal pode ser uma adaptação para manter o animal camuflado longe da vista dos predadores. Caranguejos chama-marés possuem colorações corporais características específicas de cada espécie e possuem dois tipos de fotorreceptores, permitindo-lhes distinguir cores e comparar sinais visuais o qual podem estar relacionados com a seleção de parceiros e reconhecimento interespecífico. O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da coloração corporal dos chama-marés na predação e comunicação social. Para isso, foi utilizado um espectrofotômetro USB4000-UV-VIS (Ocean Optics) para registrar a coloração e refletância da superfície da carapaça, quelípodos e substratos das espécies: Leptuca leptodactyla (Crane, 1943), Leptuca cumulanta (Crane, 1943), Leptuca thayeri (Rathbun, 1900), Minuca rapax (Smith, 1870) e Uca maracoani (Latreille, 1803). Utilizando a refletância, o espectro da luz ambiente e do substrato de cada espécie, realizamos uma modelagem visual para a visão dos chama-marés coespecíficos. Os resultados do estudo indicam que as espécies de chama-marés possuem mecanismos de cores para o reconhecimento de espécies, de forma a evitar cópulas improdutivas com heteroespecíficos sugerindo que as colorações corporais das espécies de chama-marés foram selecionadas naturalmente para mantê-los crípticos para predadores e conspícuos através da seleção sexual. Com diferenças nas cores dos quelípodos e, às vezes, das carapaças. Essas diferenças podem auxiliar no reconhecimento intraespecífico e evitar cópulas improdutivas com heteroespecíficos. Nossos resultados evidenciam que existe uma tendência de quando uma espécie possui o quelípodo conspícuo a sua carapaça é críptica,  e vice versa. Um indício de que as espécies de chama-marés possuem mecanismos de cores para o reconhecimento coespecífico, podendo ocorrer através da cor do quelípodo e/ou da cor da carapaça. Nossos resultados contribuem para o entendimento da comunicação e comportamento reprodutivo desses crustáceos.

  • Palavras-chave
  • Contraste cromático; Ocypodidae; Visão de cores; Caracterização;
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Ecologia (Invertebrados)
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