Rematuração de ovários em Cryptolaemus montrouzieri (Coleoptera: coccinellidae)

  • Autor
  • Helloyza Morais Rodrigues da Silva
  • Co-autores
  • Jorge de Oliveira Gomes Júnior , Nathalia Lorrana Silva , Andréa Karla Lemos da Silva Sena , Wendel José Teles Pontes
  • Resumo
  • A reabsorção ovariana é um fenômeno observado em alguns coccinelídeos predadores. A falta de presas essenciais é um fator-chave para desencadear esse processo, e as fêmeas preferem ovipositar onde há abundância dessas presas, pois se alimentam delas e fornecem para sua prole. Em grupos de coccinelídeos, a alimentação foi mostrada como um estímulo para a reabsorção ovariana, e a disponibilidade de alimento adequado pode interferir na oviposição diária. O desenvolvimento ovariano de C. montrouzieri está diretamente relacionado ao tipo de alimentação, por exemplo, uma dieta alternativa pode inviabilizar a maturação ovariana. Mesmo após oviposição, a ausência da presa ou sua substituição por alimento não presa, como o mel, induz à reabsorção ovariana, resultando na ausência de ovos. Levantando hipóteses, sugere-se que C. montrouzieri pode rematurar os ovários após um período consumindo alimento suplementar, como o mel. No Laboratório de Entomologia Aplicada (LEA) da Universidade Federal de Pernambuco, foram criadas populações de C. montrouzieri em condições controladas. Cochonilhas da espécie Planococcus citri, obtidas comercialmente e criadas em abóboras Cucurbita moschata, foram fornecidas como alimento para as populações de C. montrouzieri, seguindo a metodologia de Sanches. Para o experimento, pupas de C. montrouzieri foram individualizadas em placas de Petri com papel filtro e um eppendorf contendo água embebida em algodão. Após a emergência, os indivíduos adultos foram sexados e separados em placas de Petri, onde receberam água e foram alimentados. Adultos pareados foram alimentados e observados diariamente para registrar o surgimento dos primeiros ovos, indicando a maturação ovariana. A partir do segundo dia de oviposição, as cochonilhas foram substituídas por mel, e as fêmeas foram observadas diariamente por 10 dias. Depois, as fêmeas foram novamente alimentadas com cochonilhas e observadas por mais 5 dias para registrar a ocorrência de ovos, avaliando a rematuração ovariana. Quando as fêmeas de C. montrouzieri foram alimentadas apenas com mel, não houve postura de ovos durante 10 dias. O período mínimo para que voltassem a ovipositar após serem alimentadas com a presa essencial foi de 5 dias. Além disso, 24 horas após a retirada da presa essencial e a oferta de mel, a oviposição cessou por pelo menos dez dias. O estudo também revelou que as fêmeas de C. montrouzieri reabsorvem seus ovários quando submetidas a uma dieta exclusiva de mel, mesmo após terem desenvolvido os ovários e ocorrido a oviposição. O período de 5 dias entre a oferta da presa essencial e a primeira oviposição coincide com o período de pré-oviposição registrado em C. montrouzieri alimentando-se de P. citri, o que reforça a hipótese de que esse é o tempo necessário para o desenvolvimento ovariano nessa espécie. Portanto confirma-se a hipótese de que fêmeas de C. montrouzieri é capaz de rematurar os ovários após um período de 10 dias consumindo exclusivamente mel como alimento alternativo. Ao voltar a ser alimentado com sua presa principal, é necessário um mínimo de 5 dias para que a oviposição ocorra.

  • Palavras-chave
  • Reprodução de insetos, ecologia de coccinelídeos, fisiologia de insetos, interação predador-presa.
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