PAISAGEM ACÚSTICA E VISUAL NAS ÁREAS DE DESOVAS DE TARTARUGAS MARINHAS EM IPOJUCA, LITORAL SUL DE PERNAMBUCO, BRASIL

  • Autor
  • Safira Núbia Dias de Melo
  • Co-autores
  • Matheus Felipe de Souza Dias da Silva , Vívian Chimendes da Silva Neves , Bruna Martins Bezerra
  • Resumo
  •  

    Os filhotes após emergirem do ninho, se guiam por pistas ambientais para irem ao mar, mas com a intensa urbanização, essas pistas são mascaradas. Em Ipojuca, ocorrem desovas de Eretmochelys imbricata, Chelonia mydas, Caretta caretta e Lepidochelys olivaceae, e possui um dos principais destinos turísticos do estado. Objetivo deste trabalho foi caracterizar a paisagem acústica e luminosa nas áreas de desovas de tartarugas marinhas, do litoral de Ipojuca, Pernambuco, Brasil. A pesquisa ocorreu nas praias: Muro Alto, Cupe, Merepe, Porto de Galinhas e Maracaípe. A área foi subdividida em 14 pontos equidistantes. A coleta ocorreu, em março e abril/2021, e em 2023 de janeiro a abril, mensalmente eram feitas 4 coletas (dois dias de semana e dois nos finais de semana). Em cada ponto realizou-se um levantamento das condições da paisagem (presença/ausência): vegetação; pessoas; tráfego de veículos; luz artificial; saída de água; imóveis. Medição do nível de pressão sonora; e da luminosidade (apenas 2023, março/abril) em três distâncias: Marco zero; após 10m; e após 20m. Os dados dos ninhos foram da ONG Ecoassociados, consideramos: Data (2016/2017 a 2021/2022) e georreferenciamento do ninho. Foram feitas analises estáticas para verificar se existe diferença significativa entre cada variável, e se há correlação com as desovas. O tráfego de veículos foi registrado 14 vezes no ponto 12, e apenas uma vez no 13. Pessoas na área foram 42 registros, só não foi registrado nos pontos 4; 6; 7; 11; e 14. O município, está aumentando nas construções de empreendimentos, potencializando o uso dos recursos naturais. Estradas próximas as áreas de nidificação são impactos que podem ocasionar colisões e compactação dos ninhos das tartarugas. Os níveis de pressão sonora variaram entre os anos e os dias, sendo mais altos em 2021 e nos finais de semana. Nos finais de semana, apresentaram diferença, pois são regiões turísticas que tem seu aumento nesse período. A iluminação artificial foi presente em quase todos os pontos, com exceção do 11, 12 e 14, e os pontos de maior intensidade foram respectivamente: 3, 10, 13, 1 e 7 (no 13 ocorria iluminação de janeiro à abril, e em maio foram retiradas). Os demais pontos apresentaram 0 Lux devido a dispersão da luz no ambiente. A medição com o luxímetro da área de estudo já foi realizada por outros pesquisadores, que classificaram algumas áreas como crítica mesmo apresentando 0Lux, pois existem casos de filhotes desorientados. Há variação anual na quantidade de desovas, entre 2018-2019 e 2019-2020. Merepe possui a maior extensão, e maior número de ninhos, com ruídos em média de 64dBa, e a iluminação 0Lux em dois pontos de três desta praia. Não houve correlação entre nível de luminosidade, pressão sonora com o número de desovas. Este estudo evidencia que as tartarugas estão expostas à poluição sonora e visual. Apesar de aparentemente não impactar nas desovas, tais fatores antrópicos podem resultar em tartarugas não conseguindo nidificar em um local seguro, por consequência, os filhotes ao emergir se desorientam em função dos poluentes visuais, reduzindo suas chances de sobrevivência.

  • Palavras-chave
  • impacto ambiental, iluminação artificial, testudines, incubação, conservação
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