A complexidade do habitat pode impactar a diversidade de escorpiões, com métricas relacionadas à estrutura da vegetação desempenhando um papel crucial. Um habitat complexo pode oferecer mais abrigo para as presas, reduzindo seu contato com os predadores. Consequentemente, é extremamente importante desenvolver comportamentos e mecanismos para evitar ou mitigar os impactos da predação. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da variação da complexidade do habitat nas respostas defensivas do escorpião A. mauryi, mediadas por meio de simulação de ataques físicos. Para analisar o efeito da complexidade do habitat, um total de 120 escorpiões foram utilizados e divididos em três grupos de tratamento. Cada grupo era composto por n=40 escorpiões. No primeiro grupo de tratamento (simples), os escorpiões foram colocados em uma arena vazia, sem nenhum lugar para se esconder ou escapar. No segundo grupo (moderado), as arenas continham duas possíveis localizações para escapar, mas sem lugares para se esconder. No terceiro grupo (complexo), quatro localizações de escape estavam disponíveis, com pedaços de caixas de ovos como possíveis esconderijos. Os indivíduos de A. mauryi exibiram quatro respostas defensivas distintas, a saber: fuga, picada, evasão e balançar o metassoma. A variação na complexidade do habitat teve um efeito significativo no comportamento defensivo da espécie. A tendência de escapar após ser estimulado foi maior no habitat moderado e complexo do que no simples. Ao observar o habitat simples, verificou-se que a maioria dos comportamentos foi de picada (41,8%) e evasão (29,1%), seguidos de fuga (21,8%) e balançar o metassoma (7,3%). Essa tendência diferiu entre os habitats, pois no habitat moderado, houve uma diminuição no comportamento de evasão (12,3%) e um aumento na fuga (49,2%), que permaneceu no habitat complexo. Enquanto isso, o comportamento de picada permaneceu constante, e o balanço do metassoma foi realizado apenas algumas vezes em todos os habitats. Nossos resultados indicam que o aumento da complexidade do habitat leva a um aumento no comportamento de fuga. Apesar dessas descobertas, ainda existem incógnitas que precisam ser abordadas por meio de pesquisas adicionais.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia