HÁBITO ALIMENTAR DE TRÊS ESPÉCIES DO GÊNERO Trachinotus DA ZONA DE ARREBENTAÇÃO DA PRAIA DE TAMANDARÉ, PERNAMBUCO

  • Autor
  • Andriele José dos Santos
  • Co-autores
  • Mariana Peixoto Cruz Silva , Sara de Castro Loebens , Victor Sacramento Dias , Paulo Guilherme Vasconcelos de Oliveira
  • Resumo
  •  

    A zona de arrebentação compreende a região de início de formação das ondas e apresenta elevada uma diversidade de peixes, principalmente em suas fases juvenis. Nesse ambiente de grande dinamismo devido ao movimento das ondas, espécies do gênero Trachinotus são encontradas ao longo de toda a costa brasileira. Diante do número reduzido de estudos sobre a alimentação e dieta de espécies do gênero, o trabalho teve como finalidade a análise do hábito alimentar das espécies Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766), Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) e Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896, capturadas em zonas de arrebentação na praia de Tamandaré, sul do Estado de Pernambuco. As coletas foram realizadas entre os meses de setembro e dezembro de 2019 e janeiro de 2020 utilizando uma rede de arrasto utilizada foi do tipo picaré com 20 m de comprimento, 1,5 m de altura e malha com 5 mm de distância entre nós. Os exemplares coletados foram medidos com paquímetro (comprimento total - CT) (precisão 0,01 cm) e pesados em balança (precisão de 0,01 g). Os estômagos dos exemplares foram retirados através de uma incisão ventral, pesados, e examinados sob microscópio estereoscópio. Os itens alimentares encontrados foram identificados até o nível taxonômico mais inferior possível. A atividade alimentar foi observada por meio da identificação do Grau de Repleção e a importância de cada item alimentar na dieta foi avaliada através do Índice de Importância Alimentar (IAi%). Para análise do hábito alimentar das espécies foram utilizados 4 indivíduos de T. goodei, 4 de T. falcatus e 12 de T. carolinus. Cinco categorias de componentes alimentares foram identificadas: Crustacea (Amphipoda, Isopoda, Branchyura, pedaços de crustáceos e ovos), Mollusca (Gastropoda), Chordata (peixe e escamas), material de origem animal, material digerido e material não identificado. O destaque foi para Crustacea que foi o item que apresentou o maior (IAi%) para todas as espécies, onde o subitem Amphipoda (57,39%) foi o mais frequente nos estômagos de T.carolinus, Isopoda (43,29%) em T.goodei e Mysidacea (98,5%) em T. falcatus. Além disso, foram encontrados parasitas dos grupos Nematoda e Digenea nos estômagos de T.carolinus e T.goodei. Fibras de cor azul também foram encontradas em estômagos de indivíduos de T.goodei. Esses resultados ascendem a ideia da possibilidade de não competição pelo mesmo recurso alimentar apesar da utilização do mesmo ambiente. A presença de itens plásticos na dieta traz à luz o alerta sobre a poluição nos ambientes marinhos. Dado o número reduzido de exemplares examinados, mais estudos devem ser realizados para confirmar as suposições levantadas no estudo.

  • Palavras-chave
  • Crustacea, Dieta, Índice de Importância Alimentar, praias tropicais, Carangidae
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