Aranhas são um bom modelo de estudos ecológicos, pois são organismos de fácil amostragem, grande abundância, ampla distribuição, altamente diversas na região Neotropical, ocorrem ao longo de todo ano e possuem uma estreita relação com a estrutura da vegetação e do habitat em que se encontram. Isto posto, este trabalho teve como objetivo analisar se há variação na riqueza e abundância da comunidade de aranhas relacionada a estrutura da vegetação, em diferentes áreas de Cerrado, caracterizadas como formações savânicas e formações florestais, no Parque Nacional da Chapada das Mesas, Maranhão. O presente estudo foi conduzido em 14 pontos, com a aplicação do método batedor de vegetação. Para verificar se há efeito da variável ambiental sobre os parâmetros da comunidade de aranhas foi realizada Análise de Regressão Múltipla. Foram obtidas 56 amostras, contendo 3.200 indivíduos, sendo 281 adultos e 2.919 jovens, distribuídos em 24 famílias e 157 espécies/morfoespécies. A estrutura da vegetação apresentou efeitos significativos sobre a riqueza e abundância da comunidade de aranhas, demonstrando que quanto maior essa variável, maior a riqueza em espécies e abundância de indivíduos. Foi observado ainda que existem diferenças na composição da comunidade de aranhas de formações savânicas e formações florestais, considerando que quase não houve espécies compartilhadas entre os ambientes.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia