Os caranguejos ermitões são crustáceos decápodes caracterizados pela ocupação e uso de conchas de gastrópodes como potencial abrigo. Nos crustáceos decápodes, o dimorfismo sexual pode ser evidenciado pela forma do tamanho do corpo ou estruturas secundarias. Em caranguejos ermitões, a variação na forma do escudo provavelmente é resultante de seleção sexual.
Em nosso estudo, o objetivo foi analisar o dimorfismo sexual de forma do escudo cefálico de uma população do ermitão, Clibanarius antillensis Stimpson, 1859, do nordeste do Brasil. Os espécimes foram coletados manualmente sob rochas da região entremarés na praia do Paraiso, no município de Cabo de Santo Agostinho, litoral de Pernambuco, Brasil. Para a obtenção das imagens foi utilizado estereomicroscópio Leica. Todos os espécimes foram fotografados com distância padronizada. Oito Landmarks foram digitalizados para a obtenção de forma do escudo cefálico. Para a análise do dimorfismo sexual, os dados de forma foram submetidos a análise de Procrustes (GPA), analise de componentes principais (PCA) e análise de variância multivariada (MANOVA). A PCA explicou 49,33% de variação de forma de escudo cefálico de C. antillensis. Os resultados da MANOVA confirmam o dimorfismo sexual de forma do escudo cefálico de C. antillensis (F = 6,073; Z= 4.023; P < 0,05), onde os machos são maiores do que as fêmeas. Esse padrão pode ocorrer devido ao gasto de energia diferenciado.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia