COMPARAÇÃO DA TAXA SOBREVIVÊNCIA E DE METAMORFOSE PARA FASE JUVENIL, NA LARVICULTURA DE Lysmata ankeri (Rhyne e Lin, 2006) SUBMETIDOS A DIFERENTES DIETAS

  • Autor
  • JAMILLY SANTANA MOURA DOS SANTOS
  • Co-autores
  • GUSTAVO LUIS HIROSE
  • Resumo
  •  

    Invertebrados marinhos são amplamente utilizados na indústria de aquarismo ao redor do mundo, contudo grande parte dessas espécies ainda são coletas em ambiente natural, trazendo prejuízo a biodiversidade, e gerando impactos ambientais. Entre os invertebrados utilizados no aquarismo, os camarões marinhos do gênero Lysmata estão em lugar de destaque devido ao seu papel ecológico e seus diferentes padrões de coloração. O desenvolvimento de métodos de cultivo para essas espécies tem se tornado promissor, pois visa diminuir a pressão exercida pelas coletas na natureza. Porém, a larvicultura, ainda representa um gargalo para a criação, pois uma das características desse gênero é o seu longo período de desenvolvimento larval. Vários trabalhos foram realizados com espécies desse gênero, a fim de melhorar os sistemas de cultivos e nutrição, e assim diminuir o tempo de larvicultura e aumentar as taxas de sobrevivência. Logo, o presente trabalho tem como objetivo comparar diferentes dietas no desenvolvimento larval da espécie Lysmata ankeri. Para a realização do experimento foram utilizados 5 tanques de cultivo, conectados a um sistema recirculante, com 60 larvas (3 larvas/L-1). As larvas foram submetidas a dois tipos de tratamento, o 1° consistia em alimentar as larvas apenas com náuplios de artêmia recém-eclodidas, esse primeiro tratamento foi utilizado como grupo controle. Já o 2° tratamento consistia em alimentar as larvas com náuplios de artêmia enriquecidas com Algamac Enrich (Bio-marine ®) (em ambos os tratamentos foi utilizado 4.000 náuplios L-1). Para cada tratamento alimentar foi realizado no mínimo 5 réplicas, onde as larvas foram contadas todos os dias e vistoriadas quanto ao seu estágio de desenvolvimento larval. Sendo os dados obtidos nos experimentos comparados por meio da utilização de teste t (stundet t test, ?=0,05). A vistoria diária das larvas permitiu a observação até a sua 11° muda, ocorrendo essas mudas a cada 2 dias (48 horas). O experimento de alimentação larval teve duração de 29 dias ininterruptos. Diferenças significativas foram encontradas na larvicultura de L. ankeri, pois apenas no tratamento com náuplios de artêmia enriquecido (tratamento 2), as larvas completaram o seu desenvolvimento larval, alcançando a fase juvenil. Logo o tratamento 2 demostrou melhores resultados, visto que obtivemos uma taxa de sobrevivência larval de 73,3% e uma taxa de metamorfose para a fase juvenil de 29,8%, enquanto no tratamento 1, as larvas não conseguiram chegar até a fase juvenil. Resultados semelhantes foram encontrados em trabalhos com Lysmata wurdermanni, onde a taxa de sobrevivência larval foi maior em tratamento alimentar baseado em náuplios de artêmia enriquecida com ArteMac (Bio-marine ®). Outros trabalhos também realizados com L. wurdermanni, utilizaram outros tipos de dietas como rotíferos, náuplios de artêmia, e algas e obtiveram taxa de sobrevivência de 88,9% para rotíferos, 86,7% para náuplios de artêmia e de 15,6% para algas, esses resultados indicam que há uma grande variabilidade nas necessidades nutricionais dentro do gênero.

    Apesar do resultado promissor, novos estudos são necessários a fim de melhorar as taxas de metamorfose e sobrevivência para a fase juvenil.

     

  • Palavras-chave
  • Lysmata, Larvicultura, Dieta
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Zoologia Aplicada
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