RECONHECENDO AS INTERAÇÕES DE GOLFINHOS COM A PESCA ARTESANAL NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ETNOECOLÓGICA

  • Autor
  • Breno Carvalho da Silva
  • Co-autores
  • Evaldo de Lira Azevedo
  • Resumo
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    Os golfinhos (cetáceos) representam um dos grupos de mamíferos marinhos mais bem adaptados para viver durante todo seu ciclo de vida na água. No entanto, muitas espécies encontram-se ameaçadas. Ao longo da costa brasileira, 10 espécies são citadas na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, sendo Pontoporia blainvillei a espécie mais ameaçada, principalmente por ser o principal golfinho capturado incidentalmente pela atividade pesqueira. Considerando a importância dos esforços empregados para avaliação das interações existentes entre pequenos cetáceos e a atividade pesqueira artesanal realizada na costa brasileira e em ambientes fluviais interiores, na presente pesquisa, objetivou-se: a) compilar os estudos que consideram a pesca artesanal e suas interações com os pequenos cetáceos no Brasil; b) classificar as interações entre cetáceos e pesca artesanal e c) reconhecer as espécies de golfinhos registradas pelos estudos. Para alcançar os objetivos preestabelecidos, foi realizada uma pesquisa bibliométrica nacional, de cunho predominante exploratório-descritivo, a partir das seguintes bases de dados: Scholar Google, Scielo, Pubmed, Science Direct, Directory of Open Access Journals (DOAJ), Web of Science (WoS) e SCOPUS (Elsevier). Para análise dos dados, tomou-se suporte do software Microsoft Excel e da solução de análise e mapeamento baseada em nuvem (ArcGIS). Para descrição das interações foi utilizada a categoria proposta por Di Beneditto. Foram registradas 36 publicações que tratavam sobre interações com cetáceos e a pesca artesanal. Com exceção da região Centro-Oeste, todas as demais regiões do Brasil foram representadas pelos estudos publicados. Nos estudos analisado, foram identificados 7 tipos de interações existentes entre os cetáceos e a atividade pesqueira artesanal realizada na costa brasileira (Emalhe, Colisão, Emaranhamento, Arpoamento, Roubo, Tocaia e Cooperação), as quais seguiram as descrições propostas por Di Beneditto. Os estudos compilados abrangeram 43,2% (n = 16) das 37 espécies de odontocetos notificadas para o Brasil. As espécies de golfinhos mais citadas pelos pescadores foram Sotalia guianensis (21,2%; n = 14), Tursiops truncatus (18,2%; n = 12), Pontoporia blainvillei (12,1%; n = 8), Inia geoffrensis (10,6%; n = 7) e Sotalia fluviatilis (7,6%; n = 5). De acordo com dados obtidos pelos estudos, a região Nordeste se mostrou a mais rica em número de espécies que interagem com a pesca (56,3%; n = 9), seguida pela região Sudeste (31,3%; n = 5), Sul (8,8%; n = 3) e Norte (18,8%; n = 2). Os trabalhos que enfocam o conhecimento das interações entre cetáceos e a pesca artesanal geram dados que definem as espécies envolvidas nas interações e tipos de iterações. Esses dados podem contribuir para o estabelecimento de diretrizes em planos de gestão e manejo de espécies de cetáceos e ecossistemas costeiros e fluviais em que essas espécies ocorram.

     

  • Palavras-chave
  • Etnoconhecimento, Pescadores artesanais, Cetáceos
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  • Etnozoologia
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