MORTALIDADE NÃO-PREDATÓRIA DA ASSEMBLÉIA DE COPÉPODES PLANCTÔNICOS AO LARGO DO ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

MORTALIDADE NÃO-PREDATÓRIA DA ASSEMBLÉIA DE COPÉPODES PLANCTÔNICOS AO LARGO DO ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

• Autor
• Vitória de Lima Crasto
• Co-autores
• Maria Mylena de Oliveira Cruz , Simone Maria de Albuquerque Lira , Andrea Santarosa Freire , Mauro de Melo Júnior
• Resumo

• A mortalidade dos copépodes pode ocorrer por diversos fatores, como por exemplo, a predac?a?o, e a mortalidade na?o-predato?ria que pode ser decorrente do envelhecimento natural, doenc?as, parasitas, falta de alimento e estresse fi?sico-qui?mico do ambiente. Apesar do pla?ncton contribuir significativamente para as cadeias tro?ficas cla?ssicas, poucos sa?o os estudos sobre a parcela e contribuic?a?o dos mesmos na rota da cadeia trófica detritívora. O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) é um conjunto de ilhas rochosas localizado no Oceano Atlântico Equatorial, aproximadamente nas coordenadas 00°55'10"N, 29°20'33"O, entre os continentes africano e americano. Foram realizadas duas campanhas durante o ano de 2022, utilizando a rede de pla?ncton de 200 ?m, através de arrastos horizontais, em três pontos da ilha, sendo eles na Boia Leste, Boia Oeste e Enseada. Em cada ponto de amostragem, foram realizados dois arrastos de pla?ncton, um arrasto para a ana?lise da comunidade, a partir da preservac?a?o das amostras em formol neutro a 4%, e outro arrasto utilizando copo cego para a amostragem de organismos vivos, no intuito de realizar o experimento de investigac?a?o das proporc?o?es de indivi?duos vivos e mortos. Apo?s a amostragem, os organismos reconhecidamente vivos foram colocados no freezer por, pelo menos, 30 minutos a -20°, para serem mortos e iniciar o experimento. Durante o estudo, foram identificadas 36 espécies de copépodes. Essas espécies pertencem a diversas famílias, como Paracalanidae, Corycaeidae, Oithonidae, Miracidae, Calanidae, Onceadae, Clausocalanidae, Pontellidae, Eucalanidae, Rhincalanidae e Phaennidae. A família Corycaeidae foi a mais frequente em todas as amostras, representadas sobretudo pelas espécies Farranula gracilis e Corycaeus speciosus (100%), ambas presentes em todas as amostras. Outras famílias também foram comuns, como Calanidae, com as espécies Undinula vulgaris (100%) e Nannocalanus minor (57,14%), e Candaciidae, com a espécie Candacia pachydactyla (33,3%). A densidade média de copépodes ao longo do estudo foi de 7.199,56 ind. m-3 (±7.567,22). Ao considerar apenas os indivíduos vivos, a densidade corrigida foi de 7.271,26 na primeira campanha de coleta e 2.204,14 na segunda campanha. No que diz respeito à taxa de mortalidade, a média foi de 2,65 ind. dia-1 (±3,46), variando de 0,00 a 8,17 ind dia-1. A família Miraciidae apresentou a maior média de taxa de mortalidade com 5,09 (±4,36), seguida por Corycaeidae, com 0,46 (±0,66) e Paracalanidae, com 3,50 (±4,95). A média do percentual de carcaças encontradas foi de 53,98% (±44,18). A média de dias de decomposição das carcaças foi de 6,2 dias. Com isso, a parcela zooplancto?nica morta na coluna de a?gua na forma de detritos, contém uma grande importância em seu papel ecológico, pois podem participar do fluxo vertical de carbono e tambe?m possivelmente do fluxo horizontal para outros sistemas, devido a dina?mica das correntes que ocorrem em torno das ilhas, e com isso, uma parcela de pla?ncton vivo e morto, pode ser exportada.

• Palavras-chave
• Copépodes; Carcaças; Taxa de mortalidade
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Ecologia (Invertebrados)

Voltar Download