BAIXAS CONCENTRAÇÕES E CURTA EXPOSIÇÃO A MICROPLÁSTICOS CAUSA EFEITO NA ESTRUTURA DA COMUNIDADE MEIOFUANÍSTICA

  • Autor
  • Giovanna Lins Pessoa
  • Co-autores
  • Flávia Juliana Lobato de França , Emanuele Rodrigues Firmino , Natally Souza da Silva Costa , Renan Belém da Silva , Érica Taíla Chagas da Silva , Letícia Pereira Pontes , Aísha Ribeiro Mendes de Oliveira , Nathan Lorenzo de Senna Gotti , Giovanni Amadeu Paiva dos Santos
  • Resumo
  • Os plásticos vêm sendo utilizados na sociedade há muitos anos por serem amplamente aplicáveis na fabricação de diversos produtos por um baixo custo. Uma das problemáticas da alta produção de plástico é o descarte indevido do mesmo, o que fomenta outra problemática, os microplásticos. Estes são partículas poliméricas derivadas da degradação de plásticos maiores, que podem chegar até cinco milímetros de comprimento, e têm se tornado uma grande adversidade no contexto ambiental, principalmente atrelado a poluição dos ambientes marinhos. Dentre os polímeros de plástico, o poliestireno (PS) se configura como um dos termoplásticos mais usados no meio industrial, por sua fácil manipulação, e é um dos mais comuns nos oceanos. Nos oceanos grande parte dessas partículas possuem capacidade de sedimentar no substrato, impactando organismos que vivem nesse local. Nesse contexto, a poluição por microplásticos pode impactar a meiofauna marinha, que é um conjunto de metazoários diminutos associados ao sedimento, sendo amplamente utilizados em estudos de ecotoxicologia por sua rápida reprodução e curto ciclo de vida. Assim, o objetivo deste estudo é analisar os impactos da poluição por microplásticos em curto prazo na meiofauna marinha. Para isto, foram testadas três concentrações de microplásticos utilizando microcosmo sob exposição durante nove dias. A contagem e identificação da fauna foram realizadas. Por fim, foi obtido que, mesmo em uma baixa concentração, a meiofauna responde com a diminuição de sua abundância e riqueza, e a maior concentração favorece organismos mais oportunistas, indicando um ambiente mais impactado. Um efeito hormético dependente de dose foi visto após seis dias de exposição, no qual concentrações mais baixas foram mais danosas a meiofauna. O desaparecimento de Ostracoda em baixas concentrações e diminuição de Gastrotricha ao longo do tempo, no releva que o microplástico mesmo em baixas concentrações pode afetar taxa sensíveis. Com isso, concluímos que trabalhos que abordem o efeito do microplástico em nível de comunidade são imprescindíveis, uma vez que obtemos uma resposta mais realista do impacto. Além disso, a meiofauna se apresentou com uma excelente ferramenta para entender os impactos dos microplásticos a curto prazo, porém, mais estudos evidenciando o efeito a longo prazo é preconizado, principalmente nesses organismos que são base da cadeia trófica aquática. No mais, os microplástico representam uma ameaça atual e crescente aos ecossistemas marinhos e mais estudos são necessários para melhor entendimento de mecanismos pouco claros na fauna.

  • Palavras-chave
  • ecotoxicologia, meiobentos, poluição plástica, hormesis, sensibilidade
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Zoologia Aplicada
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