DISTRIBUIÇÃO DOS COPEPODA PLANCTÔNICOS MARINHOS EM UM TRECHO DA COSTA NORDESTE BRASILEIRA

  • Autor
  • Gabrielle Caroline Rodrigues Costa
  • Co-autores
  • Maria Mylena Oliveira da Cruz , Simone Maria de Albuquerque Lira , Alef Jonathan da Silva , Mauro de Melo Júnior
  • Resumo
  •  

    A região costeira compreende a comunidade zooplanctônica que é composta por invertebrados, que vivem na coluna d’água, sendo crucial para o ecossistema por desempenhar papel essencial na teia alimentar e na transferência de carbono. Os Copepoda, que estão inseridos na comunidade zooplanctônica, são especialmente importantes por ligarem o fitoplâncton a outros componentes da teia. A maioria das espécies fazem migração vertical diária, que envolve a subida à superfície à noite em busca de alimento e descida durante o dia para evitar predadores. Este estudo teve como objetivo quantificar e identificar as principais espécies de Copepoda presentes na costa nordeste do Brasil. O estudo foi conduzido nas zonas neríticas e oceânicas da costa Nordeste do Brasil (9ºS a 5.7ºS) no período de 29 de setembro a 21 de outubro de 2015, durante a primeira fase do Projeto ABRAÇOS. Foram coletadas amostras de zooplâncton usando uma rede WP2 com malha de 200 µm, durante o período noturno e diurno, ao longo de 12 estações oceanográficas com dois arrastos verticais por estação (200 m até 95 m e de 95 m até a superfície da água). O volume filtrado foi medido com um fluxômetro Hydro-Bios e as amostras foram fixadas em formaldeído 4% tamponado. A análise e contagem das amostras envolveu o uso de equipamentos como a câmara de Sedgewick Rafter, pipetas, pinças, estiletes de ponta fina e um contador manual. A identificação das espécies de Copepoda se baseou principalmente no livro de Neumann-Leitão et al. (2017) e outras referências como Boltovskoy (1999). Com isso, foram identificadas 26 espécies de copépodes planctônicos, pertencentes às ordens Calanoida, Cyclopoida e Harpacticoida, com Paracalanidae sendo a família mais diversificada. As espécies mais comuns e dominantes em todas as amostras foram Clausocalanus furcatus, Undinula vulgaris, Oncaea venusta, Oithona plumifera e Farranula gracilis. Outras espécies em menor densidade, embora frequentes, foram encontradas, como Calocalanus pavo, Paracalanus aculeatus, Euchaeta marina e Scolecithrix danae, além da presença de indivíduos na fase copepodito juvenil das famílias Candacidae, Metridinidae, Calocalanidae, Oithonidae e Calanidae. A abundância absoluta da assembleia de copépodes variou de 0,18 a 76,76 indivíduos por metro cúbico, com destaque para as amostras das camadas superficiais. A composição de espécies foi correspondente àquelas observadas em regiões oceânicas próximas, diferindo apenas quanto à profundidade, tendo mais abundância nas amostras superiores. Essa distribuição pode ser influenciada pela migração diária e disponibilidade de alimento. Espécies como Clausocalanus furcatus e Undinula vulgaris é registrada como sendo abundante em águas tropicais, quentes e de alta salinidade, enquanto os gêneros Oithona e Oncaea são encontradas em elevada abndância em quase todas as regiões marinhas. Já a espécie Farranula gracilis é considerada de regiões epipelágicas de águas oceânicas tropicais. Foi concluído com esse estudo que as espécies de copépodes planctônicos identificadas estão em conformidade com as frequentemente encontradas ao longo da costa brasileira e que a elevada densidade nas camadas superiores e uma menor densidade nas camadas inferiores demonstra uma resposta à migração vertical durante, respectivamente, o período noturno e diurno.

  • Palavras-chave
  • Zooplâncton, Copepoda, Planctônico, Costa, Marinho
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  • Ecologia (Invertebrados)
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