AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE MORTALIDADE DE COPÉPODES NÃO RELACIONADOS À PREDAÇÃO EM SEIS ESTUÁRIOS DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Autor
  • Maria Mylena Oliveira da Cruz
  • Co-autores
  • Vitória de Lima Crasto , Simone Maria de Albuquerque Lira , Mauro de Melo Júnior
  • Resumo
  • As carcaças de copépodes, resultantes da mortalidade não predatória, são ricas em carbono, nutrientes e uma significativa fonte de nitrogênio e fósforo. Compreender os fatores que influenciam a distribuição espacial e as variações na proporção de organismos mortos é crucial para entender a dinâmica trófica, especialmente nas teias alimentares herbívoras e detritívoras e em ambientes dinâmicos como estuários. Este estudo buscou avaliar e caracterizar as taxas de mortalidade não predatória e o potencial das carcaças da comunidade zooplanctônica em ecossistemas estuarinos tropicais. O mesmo foi realizado em seis ecossistemas estuarinos localizados na costa leste do Nordeste do Brasil. As amostras foram coletadas em duas campanhas para cada ambiente, sempre no horário diurno e na maré vazante de sizígia. As variáveis hidrológicas foram mensuradas a partir de uma sonda Horiba U-52, enquanto que a Clorofila-a foi determinada a partir de amostras de 1 litro de água. As amostras dos organismos zooplanctônicos foram obtidas através de arrastos simultâneos de duas redes de plâncton de 64 µm de abertura da malha, em três áreas de cada estuário. Para a experimentação da mortalidade, utilizou-se a técnica da solução estoque de vermelho neutro, juntamente com o experimento de decomposição de carcaças com organismos coletados vivos durante as amostragens, para estimar o tempo de decomposição total da carcaça e, posteriormente, a taxa de mortalidade. Foram realizados cálculos de densidade total (ind. m-3), densidade de copépodes corrigida (ind. m-3), abundância relativa (%), percentual de mortos (carcaças) (%), taxa de mortalidade não-predatória (dia-1) e Análise Permutacional de Variância unidirecional. A temperatura (27,8°C), pH (6,9), oxigênio dissolvido (7,3 mg. L-1  ), sólidos totais (22,8 mg. L-1.), turbidez (18,3 NTU), salinidade (24,3) e a Clorofila-a (11,6 mg.m-3) mantiveram-se próximos dos valores já encontrados para os estuários da região. Foram identificadas 12 espécies de copépodes, com náuplios de Oithonidae e Oithona oswaldocruzi predominando (35,7%). A densidade média dos copépodes foi 6.900,99 ind./m³, com uma densidade corrigida de 124,50 ind./m³. O percentual médio de carcaças foi 51,34%, principalmente das famílias Oithonidae e Tachidiidae. A taxa de mortalidade foi 0,11dia-1 com as famílias Paracalanidae e Oithonidae exibindo as maiores taxas. Não houve diferença significativa entre os ambientes para a taxa de mortalidade. O tempo médio de decomposição das carcaças foi 4,7 dias. O presente estudo mostrou que a contribuição das carcaças de copépodes pode variar em termos de família e ambiente, sendo uma parcela significativa para a teia alimentar estuarina da região do Atlântico tropical (Nordeste do Brasil). Suape foi o estuário com maior contribuição para parcela de detrito, e o único ambiente dentre outros que sofrem com os impactos antrópicos a apresentar maiores valores para taxa de mortalidade não predatória. Diferenciar os organismos em termos de indivíduos vivos e mortos pode contribuir com um maior entendimento de como os copépodes planctônicos realmente participam das teias tróficas marinhas, que quase sempre é relacionada erroneamente apenas a rota das cadeias tróficas clássicas.

  • Palavras-chave
  • vermelho neutro, não predatória, zooplâcton
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ecologia (Invertebrados)
Voltar Download
  • Biogeografia
  • Ecologia Geral
  • Taxonomia (Invertebrados)
  • Taxonomia (Vertebrados)
  • Ecologia (Invertebrados)
  • Ecologia (Vertebrados)
  • Ensino de zoologia
  • Etnozoologia
  • Paleontologia (Invertebrados)
  • Paleontologia (Vertebrados)
  • Parasitologia
  • Zoologia Aplicada
  • Genética/Evolução

Comissão Organizadora

XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS

Comissão Científica

Jose Souto Rosa Filho

Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO

 

Rede Social do evento

  • @instasnz

Sociedade Nordestina de Zoologia

  • contato@snz.net.br
  • www.snz.net.br
  • facebook.com/SNZool