DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE UMA ESPÉCIE NÃO NATIVA DE COPEPODA EM SISTEMAS ESTUARINOS DE PERNAMBUCO, BRASIL

  • Autor
  • Karollayne Danielly da Silva Santos
  • Co-autores
  • Mauro de Melo Júnior
  • Resumo
  • Pseudodiaptomus trihamatus Wright,1937 é uma espécie não nativa que foi introduzida no Brasil de forma acidental no final da década de 1970. Desde sua introdução, já foi registrada em alguns Estados, incluindo Pernambuco. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a distribuição espacial e a variação quantitativa sazonal de P. trihamatus em Pernambuco, através da análise de amostras de seis estuários ao longo do Estado. Amostras oriundas de seis estuários localizados em Pernambuco foram analisadas (Capibaribe, Catuama, Suape, Canal de Santa Cruz, Formoso e Timbó). Essas amostras foram obtidas por meio de arrastos horizontais superficiais utilizando rede com abertura de malha de 64?m e 30 cm de diâmetro de boca, realizados nos períodos seco e chuvoso de 2020-2021, em maré vazante, no período diurno. Em laboratório (Leplanc UFRPE), as amostras foram devidamente processadas e analisadas. Os indivíduos da espécie foram identificados através da utilização de estereomicroscópio óptico e microscópio. Para calcular a densidade (ind. m-3), foi utilizada a seguinte fórmula: D = n Vf-1. A frequência de ocorrência (F) foi calculada utilizando a expressão: F = p X 100/P, onde: (p) número de amostras contendo a espécie “X” e (P) o número total de amostras obtidas, sendo utilizada a classificação a seguir: ? 70% muito frequente; < 70% a ? 40% frequente; < 40% a ? 10% pouco frequente; < 10% esporádica. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para testar diferenças significativas (p<0,05) na densidade de Pseudodiaptomus trihamatus de acordo com a variabilidade sazonal (período seco e chuvoso) e local (estuários estudados). Esse teste foi feito através do software Past (versão 4.03). A espécie foi registrada em quatro dos seis estuários estudados, não ocorrendo apenas no Capibaribe e em Catuama. Apresentou maior frequência de ocorrência no estuário do rio Timbó, e maior densidade média em rio Formoso. P. trihamatus apresentou maior frequência de ocorrência e densidade do que o registrado por Melo et al. (2010). Referente à sazonalidade, a espécie foi mais frequente e abundante no período seco, sendo registrada apenas em um estuário no período chuvoso (Suape). Santos (2008) e Magalhães (2014), registraram valores de densidade maiores do que os aqui registrados, em ambos os trabalhos os registros foram feitos no período chuvoso. Todos os estudos citados utilizaram redes com abertura de malha superiores à utilizada no presente trabalho, o que pode influenciar positivamente na abundância de espécies maiores, inclusive na da espécie aqui estudada. Concluímos que a  espécie não nativa P. trihamatus está bem distribuída nos estuários em Pernambuco, tendo sido registrada em várias regiões ao longo do litoral. Além disso,  apresenta maiores densidades e frequências de ocorrência no período seco. Sugere-se a realização de pesquisas com maior duração para caracterizar potenciais impactos gerados por essa espécie não nativa ao longo do tempo.

  • Palavras-chave
  • Pseudodiaptomus trihamatus, sazonalidade, variação quantitativa
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ecologia (Invertebrados)
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