Padrão comportamental de papagaios-do-mangue (Amazona amazonica) em processo de reabilitação

  • Autor
  • Letícia de Oliveira Martins
  • Co-autores
  • Yuri Marinho Valença , Bruna Martins Bezerra
  • Resumo
  • Papagaios estão entre as aves mais visadas pelo tráfico de animais silvestres, por isso, são também um dos grupos mais recebidos nos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres, onde geralmente chegam ainda filhotes ou, quando adultos, com muitos anos de cativeiro. Nesse cenário, o processo de reabilitação desses animais envolve diversas etapas dentro das quais a avaliação comportamental é um fator extremamente importante não somente para identificar comportamentos disfuncionais, como para verificar a aquisição de condutas comportamentais essenciais para a sobrevivência. Diante disso, o presente estudo objetivou investigar o padrão comportamental da espécie Amazona amazonica (papagaio-do-mangue) recebida e mantida no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (CETRAS-Tangara/CPRH) no processo de reabilitação para soltura. Neste estudo, foi elaborado o etograma dos papagaios-do-mangue adultos e juvenis do CETRAS através de dois métodos de observação: ad libitum e Varredura. Também foi realizada uma comparação dos padrões comportamentais entre os grupos e em função de possíveis fatores externos de interferência, como a presença do tratador ou outros. Foram observados 55 comportamentos distribuídos em 11 grandes categorias. Verificou-se que papagaios-do-mangue adultos e juvenis têm repertórios comportamentais semelhantes, com uma forte predominância de comportamentos relacionados a Alimentação, Manutenção e Empoleirado. Especialmente nos papagaios adultos (com mais tempo de cativeiro) verificou-se maiores percentuais da categoria comportamental Empoleirado, indicando que os animais passavam boa parte do tempo parados, ou seja, descansando. Nesse mesmo grupo, contatou-se a realização de Comportamentos Estereotipados e Vocalizações aprendidas. Em contrapartida, papagaios juvenis (com menos tempo de cativeiro) não apresentaram esses comportamentos disfuncionais. Observou-se que tanto papagaios adultos quanto juvenis dedicam boa parte de seu tempo em atividades de alimentação, manutenção e empoleirado e que essas não variam significativamente (em termos de tempo de expressão) ao longo do dia (manhã e tarde). Por outro lado, constatou-se que a presença de algum fator de interferência, nesse caso, a presença do tratador no recinto, pode ter inibido a expressão de comportamentos de Manutenção (limpeza de penas e autocuidado) em papagaios adultos. Com isso, o estudo foi capaz de verificar os padrões comportamentais dos papagaios-do-mangue, bem como suas diferenças, semelhanças e fatores que podem afetá-los. Logo, esses resultados poderão contribuir na avaliação e determinação das técnicas de manejo, enriquecimento e treinamento mais adequadas as necessidades comportamentais desses animais, tendo em vista o bem-estar e a plena reabilitação.

  • Palavras-chave
  • Psittacidae; Conservação; Bem-estar animal; Etologia
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Zoologia Aplicada
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