Segundo as definições da International Organization for Standardization, American Society of Testing and Materials e National Institute of Occupational Safety and Health, partículas com um diâmetro entre 1 e 100 nm ou fibras abrangendo o intervalo de 1 a 100 nm denominam-se nanopartículas (NPs) (Horikoshi e Serpone, 2013). Recentemente ocorreram progressos significativos na criação de nanopartículas com uma gama diversificada de características. Essas são denominadas de nanopartículas multifuncionais e abrangem uma variedade de categorias, como nanopartículas de natureza metálica, óxidos metálicos, fulerenos, nanotubos de carbono, nanopolímeros e materiais cristalinos. Diferentes NPs vêm sendo utilizadas em diversos âmbitos. Seja na área biomédica ou até na área industrial. No ramo biomédico, é necessário que as NPs sejam atóxicas, Assim, modelos in vivo,ou in vitro, são excelentes para a avaliação da toxicidade de NPs. Pequenos modelos e de baixo custo, são os mais atrativos. Nesse contexto, o peixe-zebra é tido como uma forma econômica e eficiente. Além disso, seu genoma possui cerca de 70% de similaridade ao genoma humano. Isso permite uma resposta semelhante a agentes farmacológicos. Dessa forma, com a finalidade de realizar uma revisão bibliográfica acerca das principais abordagens de avaliação de toxicidade empregando Zebrafish como modelo, este estudo se propõe a apresentar uma exposição detalhada desse modelo e suas aplicações. Foram consideradas publicações disponíveis nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA (PubMed), Clinical Trials, ScienceDirect, Scientific Electronic Library Online (SciElo) para identificar e selecionar artigos publicados que abordam a utilização de Zebrafish como modelo in vivo para avaliação da toxicidade de nanopartículas. As nanopartículas de ouro (NPs Au) provocaram uma variedade de disfunções celulares, bem como alterações no genoma em peixes-zebras adultos que dependiam do tamanho, concentração e tempo de exposição. As nanopartículas de prata também foram altamente estudadas, durante o desenvolvimento inicial do peixe-zebra, a sua exposição a NPs, veio a provocar diversos efeitos toxicológicos. Dentre eles, danos celulares e aumento na frequência cardíaca. A utilização de Pontos Quânticos têm sido amplamente aplicadas, e é visto que é bem tolerada, até quando são aplicadas em embriões que possuem taxas elevadas. Foi evidenciado, também, que as NPs de Óxido de Zinco (ZnO) em altas concentrações, resultam em retardamento no desenvolvimento e restrição da eclosão em embriões de Zebrafish. Além disso, nanopartículas à base de carbono, têm sido vistas como propícias, quando comparadas a outras NPs, pois possuem níveis de toxicidades reduzidas. Avaliando zebrafish como modelo in vivo, Pesquisas têm examinado as distintas formas de NPs de Carbono, abrangendo fulenos, pontos quânticos de carbono e nanotubos de carbono. O Zebrafish é tido como um modelo in vivo notável para a utilização em testes toxicológicos das NPs,e permite, assim, precisas avaliações fisiológicas. A revisão, vem a explorar a toxicidade de NPs de metais e carbono, trazendo enfoque para parâmetros de exposição físico-químicas. Dessa forma, o Zebrafish beneficia pesquisas pré-clínicas quanto para desenvolvimento de NPs terapêuticas e estratégias de mitigação de toxicidade.
Comissão Organizadora
XXI Encontro Zoologia do Nordeste
Jesser F. Souza-Filho
Carlos Eduardo Aragão Neves Xavier
Rayanne Gleyce Oliveira dos Santos
Juliano Gomes
Carine Mendes
Geórgia Brennichi Cabral
Aurinete Oliveira Negromonte
Girlene Fábia Segundo Viana
ALINE DOS SANTOS RIOS
Comissão Científica
Jose Souto Rosa Filho
Mauro de Melo Júnior
Julianna de Lemos Santana
Bruna Teixeira
Marina de Sá Leitão C. Araújo
DAVY BARBOSA BERGAMO
Rede Social do evento
Sociedade Nordestina de Zoologia